O verão inicia nesta sexta-feira (22) e conforme prognósticos do Climatempo, terá clima abafado em todas as regiões do País. A estação mais quente do ano começa às 00h27 desta sexta e se estende até 20 de março, às 00h06.
Por conta da influência do El Niño, o verão 2023/2024 será caracterizado por:
Temperaturas acima da média na parte oeste do Brasil, com destaque para os estados do Acre, Amazonas, Rondônia, região central do Pará e leste do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Espírito Santo, Bahia e sul do Piauí também deve ter termômetros acima da média;
Chuvas abaixo da média na região amazônica, especialmente nos estados do Amazonas e Pará;
Chuvas acima da média em boa parte dos estados do Sul, Sudeste e sul da região Centro-Oeste, além dos estados da parte norte do Nordeste.
Conforme o meteorologista e coordenador-geral de Ciências da Terra do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), Gilvan Sampaio, o verão vai seguir com temperaturas acima da média. “Vamos ter ainda ondas de calor, como as registradas nos últimos meses”, comenta.
Ele ressalta que as temperaturas recordes e as frequentes ondas de calor são uma consequência direta do El Niño.
De acordo com a meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Andrea Ramos, o pico do fenômeno deve ser observado entre dezembro e janeiro. Com isso, as temperaturas devem ficar acima da média nesse período.
A meteorologista projeta que a tendência é de um verão bastante quente e com chuvas intensas.
“De agosto para cá, mensalmente as temperaturas estão ficando acima da média. Até mesmo acima dos meses referentes a 2016. Isso mostra uma tendência de um verão com termômetros elevados”, afirma.
Vinicius Lucyrio, meteorologista do Climatempo, também pontua certa anormalidade na influência do El Niño este ano.
“Em geral, esse fenômeno faz com que o Nordeste, por exemplo, tenha menos chuvas. Mas, dessa vez, o que a gente observa é uma maior oferta de umidade em uma região que normalmente ficaria seca”, destaca.
Para este verão, os meteorologistas destacam alguns pontos do que deve ser observado ao longo da estação nas diferentes regiões do País.
As ondas de calor podem ser registradas em janeiro no Sudeste e na região central do Brasil. Enquanto no Oeste e Sul do País, as condições mais favoráveis para a ocorrência desse fenômeno devem ser observadas entre janeiro e fevereiro.
A região amazônica vai seguir enfrentando uma seca. As chuvas devem aumentar gradualmente até março, mas seguem abaixo da média em boa parte da região. O nível dos rios vai continuar subindo, mas em ritmo mais lento e com valores mais baixos do que o esperado para o período.
Já para a região Sul os temporais devem seguir intensos, principalmente entre janeiro e março. Há risco de novos eventos de chuva excessiva e tempestades. Na região Sudeste, há previsão de chuvas persistentes entre fevereiro e março, com temporais atípicos sendo esperados para São Paulo.
Um alento para os moradores e turistas do Nordeste. A região não deverá enfrentar uma seca prolongada. Apesar do comportamento usual do El Niño desfavorecer as chuvas no Nordeste, o comportamento das condições oceânicas do Atlântico Tropical deve aumentar a oferta de umidade na região.
Por O Sul