A MetSul Meteorologia está alertando para a formação de um ciclone extratropical de grandes proporções que impactará os estados do Sul e do Sudeste do Brasil no início desta semana.
O fenômeno se desenvolverá a partir de um centro de baixa pressão que atua sobre o Rio Grande do Sul neste domingo, trazendo chuva em várias regiões. Ao avançar para o oceano, essa baixa pressão dará origem ao ciclone entre o final deste domingo e o começo da segunda-feira, processo conhecido como ciclogênese.
Com isso, os ventos começam a ganhar força já na noite de domingo no Sul e na Campanha gaúcha, intensificando-se ao longo da segunda-feira, principalmente no Sul e Leste do Rio Grande do Sul.
O campo de vento intenso se expandirá para o Leste de Santa Catarina, Paraná e São Paulo. As rajadas mais fortes devem ocorrer no Litoral Sul catarinense, Serra do Mar paulista e até na capital e Grande São Paulo, com vento de noroeste.
As projeções indicam ventos de 60 km/h a 80 km/h em média no Sul e Leste do RS, podendo ultrapassar 100 km/h em áreas costeiras e na Lagoa dos Patos. Em Porto Alegre, as rajadas podem chegar a 80 km/h ou 90 km/h nos bairros centrais e até 100 km/h mais ao Sul da cidade. Na encosta da Serra e litorais Médio e Norte gaúcho, rajadas de 100 km/h a 120 km/h.
Em Santa Catarina, o Planalto Sul, o Sul e o Litoral devem ter ventos entre 90 e 110 km/h, com picos de 140 km/h nas montanhas e encostas. No Paraná e em São Paulo, os ventos devem variar entre 70 e 100 km/h, com risco de rajadas superiores em áreas localizadas da Serra do Mar e do litoral.
No Rio Grande do Sul, os ventos mais intensos devem atingir especialmente os municípios do litoral e áreas próximas à Lagoa dos Patos e ao Sul do estado. As cidades com maior risco de ventos fortes, com rajadas que podem atingir de 80km/h a 100 mm/h com rajadas localmente superiores incluem Torres, Capão da Canoa, Arroio do Sal, Xangri-lá, Tramandaí, Imbé, Cidreira e Balneário Pinhal. A lista inclui ainda Palmares do Sul, Mostardas, Tavares, São José do Norte, Rio Grande, Pelotas, Santa Vitória do Palmar e Chuí.
Também são áreas com potencial para vento forte a intenso São José dos Ausentes, Cambará do Sul, São Francisco de Paula, Rolante, Riozinho, Porto Alegre, Viamão, Guaíba, Camaquã, Santo Antônio da Patrulha, Barra do Ribeiro, Arambaré, Cristal, Tapes, Turuçu e São Lourenço do Sul.
Já em Santa Catarina, o cenário de maio risco de vento forte a intenso inclui municípios no litoral, do Sul e nas proximidades da Serra. A lista inclui Florianópolis, São José, Palhoça, Biguaçu, Governador Celso Ramos, Laguna, Jaguaruna, Araranguá, Balneário Rincão, Criciúma, Tubarão, Bom Jardim da Serra, Praia Grande, Siderópolis, Urupema, Urubici e Rancho Queimado.
Em São Paulo, conforme os dados dos modelos, os municípios com maior potencial para vento forte incluem os do litoral, Baixada Santista, Vale do Ribeira e Grande São Paulo, como Santos, São Vicente, Guarujá, Praia Grande, Cubatão, Mongaguá, Itanhaém, Peruíbe, Bertioga, Ilha Comprida, Cananéia, Registro, Itariri, Iguape, Miracatu, Juquiá e Pedro de Toledo. Além do litoral sul, a capital paulista – sobretudo as zonas Sul e Leste – também pode ter ventos fortes, assim como São Bernardo do Campo, Diadema e Santo André.
O ciclone deve causar danos estruturais como destelhamentos, queda de postes e muros, além de grande impacto no setor elétrico. A CEEE Equatorial pode registrar grande número de clientes sem luz no Sul e Leste gaúcho, especialmente em Porto Alegre e no Litoral. A Celesc, em Santa Catarina, também deve enfrentar um alto número de desligamentos. Em São Paulo, especialmente na capital e região metropolitana, há risco elevado de alto número de interrupções no fornecimento de energia pela força dos ventos combinada à alta densidade populacional.
Fonte. https://metsul.com/2025-07-27-ciclone-rota-cidades/ .