Varíola do macaco: laboratórios públicos terão testes até o fim do mês

Por enquanto, apenas quatro estabelecimentos públicos fazem o exame, um em São Paulo, dois no Rio de Janeiro e um em Minas Gerais

Com o número de infectados com a varíola do macaco (monkeypox) perto de 3 mil, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informou que o Brasil deverá ser capaz de diagnosticar a doença em todos os Lacens (laboratórios centrais de saúde pública) do país até o final de agosto.

De acordo com o ministro, o governo federal se antecipou à emergência de saúde pública de importância global declarada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em julho e articulou formas de lidar com a doença e receber pacientes no sistema público.

Por enquanto, somente quatro lacens fazem o diagnóstico da doença: Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Minas Gerais, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Laboratório da UFRJ, no Rio de Janeiro. Isso faz com que os resultados dos exames sejam mais demorados.

Em entrevista à “Voz do Brasil”, Queiroga ressaltou que a doença tem baixa letalidade. “A maioria dos casos é simples, de tal sorte que não é algo que se assemelhe à Covid-19, apesar de ser uma emergência de saúde pública global reconhecida pela OMS (Organização Mundial de Saúde).”

Na última quinta-feira, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou que recebeu solicitações de registro de seis kits para diagnóstico de varíola do macaco e que já começaram as análise dos pedidos.

O ministro da Saúde lembrou que a grande maioria de casos de varíola dos macacos acomete homens que fazem sexo com outros homens, e que o principal vetor de transmissão é o contato direto pele a pele ou pelas mucosas. “Isso é uma observação epidemiológica. Não tem cunho de estigmatizar cidadãos. Qualquer um pode adquirir”, complementou.

Outro ponto apresentado pelo ministro da Saúde é que o uso de preservativos não impede a contaminação pela varíola dos macacos. Dentre as principais características da enfermidade estão: febre, lesões de pele, ínguas e crostas. “Os indivíduos devem ficar isolados”, explicou Queiroga, que estimou em três semanas o período de convalescência.

Queiroga afirmou ainda que o tratamento da doença até o momento se dá pelo tratamento dos sintomas, enquanto medicamentos antivirais específicos contra a doença ainda estão sendo estudados.

Fonte: R7

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