A Universidade de Passo Fundo (UPF) tem um histórico de compromisso com o meio ambiente e seus seres vivos. Formadora de profissionais da área, a instituição tem um cuidado especial com animais silvestres. Além disso, a UPF mantém também um serpentário.
Em entrevista à Rádio Uirapuru, o professor Fabiano Chiesa, diretor do Instituto da Saúde da UPF, falou sobre o antigo zoológico que existia na universidade. De acordo com ele, entre 2015 e 2016 iniciou-se um processo de discussão ampla após um movimento de descontinuidade do zoológico.
Foram seis anos de processo até alojar os últimos animais que lá estavam, sendo concluído no último mês de fevereiro. Desde então, Chiesa conta que a UPF passou a focar no Serpentário e no Museu Zoobotânico Augusto Ruschi (Muzar). O diretor lembra que o Serpentário ainda está fechado para visitas externas, porque a universidade está passando por um processo de adequação da estrutura física para melhor atender à comunidade.
Mesmo sem ter um prazo de reabertura, ele garante que o local será reaberto para visitas de escolas e da comunidade em geral ainda neste mandato, que vai até o ano de 2026. Chiesa afirma que o espaço com os animais está sendo reformado e o manejo deles está sendo feito cuidadosamente. Objetivo é cumprir missões e cronogramas para que em breve o Serpentário possa ser reinaugurado.
Também falando na Uirapuru, o responsável técnico pelo Serpentário, Élinton Rezende, explicou que o espaço surgiu junto com as atividades do Zoológico e, com o passar do tempo, optou-se por readequar a estrutura pensando no bem-estar animal e em ficar restrito à questão dos répteis. Ali são alojadas espécies nativas de serpentes, sendo algumas delas bem exóticas, frutos de apreensão de órgãos ambientais.
De acordo com Rezende, todas as cobras do plantel do Serpentário da UPF são devidamente registradas e identificadas individualmente. Cada animal possui um microchip inserido. Devido a isso e por toda a responsabilidade legal da UPF enquanto tutores dos animais, não é verdade o boato que criou-se no município, onde algumas pessoas afirmaram que cobras do Serpentário estariam sendo descartadas em locais como o Parque da Efrica.
Conforme o responsável técnico, a finalidade do Serpentário é educar a população quanto a conservação e abrigo correto das serpentes. Hoje o Serpentário da UPF conta com 17 espécies, sendo a maioria delas nativas, distribuídas entre jararaca, cruzeiro, cascavel, falsa-coral e a exótica cobra-do-milho.
Fonte: Rádio Uirapuru