Uma má interpretação, mas mexeu com a UFFS

Na minha coluna do dia 25 de maio, trouxe texto sobre a atuação das universidades em nossa cidade e usei como título “Comunidade questiona direção da UFFS?”. O referido texto causou repercussão e mal estar em alguns no meio acadêmico e pesquisadores da UFFS, que fizeram diferentes interpretações sobre o que escrevi.
A matéria não tinha nada a ver com as pesquisas e a qualidade da educação, se referia à comunidade, que lutou muito para trazer essa importantíssima universidade. Por se tratar de uma universidade pública, a UFFS deveria propor grandes debates sobre o desenvolvimento econômico e social da região Alto Uruguai. Evidente que isso não é atribuição dos professores e pesquisadores, mas da direção da entidade, que raramente se faz presente aos eventos de nossa cidade, e quando aparece, tem uma participação muito tímida, em minha opinião. Ou será que os protocolos estão deixando de lado a UFFS?
Volto a repetir: a UFFS tem que propor e chamar para si grandes debates sobre a região. Para a comunidade e nossos veículos de comunicação, não interessam as questões políticas internas, o que interessa é que a universidade saia de dentro do campus e vá para o seio da sociedade com debates sobre o desenvolvimento regional.
Quem sou eu para dar opinião à direção da UFFS, mas quero deixar uma sugestão para o diretor Anderson, que é uma bela pessoa e de fino trato: transforme esse limão numa limonada. Talvez criar o dia “Venha Conhecer a Tua Universidade!” e convidar instituições da região e a própria imprensa para fazer uma visita ao campus, mostrar sua estrutura e as pesquisas que a UFFS está realizando. Acredito todos saírão de lá com outra visão.
Seja qual foi a interpretação dada ao texto publicado no dia 25 de maio, valeu por ter mexido com os brios da universidade. Com certeza nossos veículos são os que mais falam e divulgam a UFFS, aliás, fomos para a rua defender a vinda dela para Erechim e também estivemos em Brasília acompanhando o anúncio feito pelo Ministério da Educação.

 

Por Egidio Lazzarotto