Tucanos, passarinho

O principal capital de um político são os seus votos – que podem ser conquistados graças a propostas, caráter, passado, poder/dinheiro, atuação. É o voto na urna que garante, em última análise, a sobrevivência de homens e mulheres que escolhem a vida pública como ofício.
Desta forma, numa rápida passada de olho na lista de vereadores eleitos e suplentes de Erechim em 2016, cabe uma observação: estaria o PSDB tratando ‘bem’ as suas principais ‘estrelas’ (a exceção, claro, do prefeito Schmidt)?
Digo isso por que os dois (jovens) vereadores eleitos pela sigla, Renan Soccol (1.120 votos) e Emerson Schelski (983 votos), parecem – ao menos de longe – ter menos voz no governo tucano do que detentores de ‘zero’ votos, como o secretário de Planejamento Camargo (PR) ou o secretário de Administração Valdir Farina, que parecem estar no cargo por suas respectivas ‘qualidades’ e, ou, amizades.
Indo um pouco além, temos os suplentes Vini Anziliero, 512 votos (presentado com a até então ineficiente pasta de Obras) e Claudio Silveira, do PDT, que fez minguados 439 votos e hoje é o dono do Meio Ambiente municipal.
Concordo que o posto de CC deva, como o nome diz, ser preenchido por pessoas de confiança do mandatário maior (competentes, de preferência), mas, caso queira manter o poder em solo bota-amarela em 2020, os partidários de Aécio Neves, FHC, Alckmin, Marchezan, Eduardo Leite e Schmidt deveriam olhar com mais cuidado para quem tem futuro, capacidade – e votos.
Do contrário, alguns tucanos passarão; outros, passarinho.

 

Por Salus Loch