É inacreditável, mas em pleno século 21 algumas pessoas ainda não entenderam a real importância dos órgãos de segurança para o município e seguem aplicando trotes, que podem custar vidas, patrimônio e geram despesas para os cofres públicos.
Para citar apenas dois casos recentes: Dias atrás o Corpo de Bombeiros recebeu chamado informando sobre incêndio que estaria ocorrendo no Loteamento Rio Tigre. A guarnição de plantão rapidamente se mobilizou e partiu com o caminhão-tanque para o endereço, porém chegando ao local, nada foi constatado e ninguém sabia sobre o sinistro.
A segunda situação registrada aconteceu na noite da última segunda-feira, 09 de abril, quando a Ambulância Cidadã foi acionada para atender um caso de parada cardiorrespiratória. A viatura cruzou as Avenidas Maurício Cardoso e Sete de Setembro e no endereço repassado via telefone, os socorristas constataram não estar ocorrendo nenhuma emergência.
O pior de tudo é que os trotes não estão sendo feito por crianças nos horários de entrada e saída do colégio, algo que era comum alguns anos atrás, a estupidez está sendo cometida por pessoas adultas, em diferentes horários e dias. Pessoas que na teoria, já deveriam saber o quão inconsequente e imprudente é tal “brincadeira”.
Segundo levantamento realizado e publicado ainda em 2011, um trote pode ocupar de 1 a 3 minutos do atendente e uma viatura encaminhada a ocorrência inexistente irá perder entre 10 e 20 minutos, tempo precioso para quem realmente está precisando da ajuda.
Punição
Os trotes são previstos no código penal, com pena de detenção (iniciando-se com a possibilidade de regime semi-aberto) ou multa entre um e seis meses, no total.
Neste caso, a conduta é definida no artigo 340 do Código Penal, que trata da comunicação de fato sabidamente falso. Também são previstas medidas restritivas de direito, ao invés das penas restritivas de liberdade em sistema de prisão.
Com os órgãos contando com identificadores de chamadas, localização de telefones públicos e câmeras de segurança em diversos estabelecimentos, algumas pessoas já começam a ser responsabilizadas.
Alan Dias