Tomar crédito ou não, eis a questão? Essa pergunta parece estar cravada na cabeça de inúmeras pessoas, seja física ou jurídica. Gera dúvidas e por isso, esse foi o tema do TL News desta quarta-feira (20), com o comentarista econômico, Tulio Lichtenstein.
Os brasileiros têm sido tomadores de crédito mesmo em cenários adversos. O acesso ao mesmo, tem sido uma ferramenta importante para muitas pessoas no Brasil, permitindo a realização de projetos, aquisição de bens e serviços, e até mesmo a superação de dificuldades financeiras temporárias. “O país historicamente tem um perfil tomador de crédito, tanto que as projeções que estavam em 7,6%, aumentaram para 7,7% o saldo da tomada de crédito em 2023. O Brasil terminou o primeiro semestre com quase R$ 6 trilhões de créditos tomados no mercado, entre pessoa física e jurídica”, disse Lichtenstein.
Ele ainda comentou que é importante lembrar que o crédito é dividido em dois patamares, pessoa física e jurídica, com linhas e objetivos diferentes. O que difere também são as taxas entre os públicos. “A pessoa física tem menos opções, cheque especial, cartão de crédito, financiamento de bens e consumo, financiamento de veículo e o crédito pessoal, uma das linhas mais caras do mercado. Socorre na necessidade, mas deve ser avaliado, pois existem outras alternativas com bens de garantia”, enalteceu.
Já com relação a pessoa jurídica, o portfólio é maior, abre o leque. “Crédito rotativo onde paga os juros em cima dos dias que utilizou o recurso, antecipação de recebíveis, são cheques, duplicatas, cartões, boletos e, financiamento de máquinas e equipamentos”, elencou.
Comentou e deu a dica que vale apena apostar novamente nas taxas variáveis, tendo em vista a redução da taxa Selic e possíveis diminuições até o final do ano. “Fica exposto, pode haver uma reviravolta no mercado, até pode, mas não é o que se enxerga no cenário. Mais do que chegamos agora acredito que não aconteça”.
Dentre tantas informações, foi questionado sobre o que precisa ser avaliado antes da tomada do crédito, pois o Brasil além de ser líder neste quesito, também puxa a frente da inadimplência.
“Independente da forma escolhida, é importante fazer uma análise cuidadosa da situação financeira, comparar as opções disponíveis, ler atentamente os termos do contrato e planejar o orçamento para garantir que o crédito seja utilizado de maneira responsável e sustentável. Ao utilizar o crédito para investimentos, é crucial avaliar cuidadosamente o potencial retorno dos investimentos, considerar os riscos envolvidos e planejar adequadamente os pagamentos e a capacidade de pagamento. Além disso, é recomendado buscar orientação financeira para tomar decisões e evitar o endividamento excessivo”, finalizou.