Testemunha diz que não havia determinação do poder público sobre controle de entrada de pessoas antes da tragédia da Kiss

Alexandre Marques, que trabalha com marketing e publicidade e trabalhava para Elissandro Spohr, sócio da Kiss foi o primeiro a depor neste sábado, 04.

Ele que foi arrolado como testemunha do próprio Elissandro iniciou respondendo as perguntas do Juiz Orlando Faccini Neto e posterior foi indagado pelo advogado Jader Marques. Em suas colocações Alexandre afirmou que não havia determinação do poder publico sobre controle de entrada de pessoas antes da tragédia da Kiss. Depois, sim.

A testemunha disse que levava artefatos pirotécnicos como Sputnik e Chuva de Prata para seus shows e que a utilização destes materiais era comum em outras casas noturnas.

Durante o depoimento, o MP solicitou que o advogado de Elissandro Spohr não usasse a expressão acidente quando se referisse ao incêndio da Kiss. O juiz afirmou que a expressão é neutra.

Jader Marques faz perguntas tentando demonstrar que Elissandro Spohr não era uma pessoa gananciosa. Alexandre disse que nunca teve problemas em negociar preço para as bandas e que em algumas vezes ganhou valores a título de bonificação.

Alexandre respondeu também questionamentos da defesa de Marcelo de Jesus dos Santos e de Luciano Bonilha Leão. Em seu depoimento ele afirmou que queria usar artefato pirotécnico (Sputnik) para ensaio na Kiss, que achava seguro, mas Elissandro proibiu.

O depoimento teve vários momentos de tensão que geraram bate-boca entre MP e advogados dos réus.

Um dos momentos de maior tensão foi quando Marques, a testemunha, chamou o promotor David Medida de “meu querido”. Ele foi repreendido primeiramente pelo promotor que esbravejou: “Meu querido não!”. A testemunha se desculpou e o depoimento logo foi encerrado.

Após o depoimento de Alexandre Marques iniciou o depoimento de Mike Ariel dos Santos que é sobrevivente da Kiss.

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