“Temos que pensar o Brasil para o povo brasileiro e não para apenas meia dúzia de grupos econômicos”, afirma Ivar Pavan

A Rádio Cultura iniciou a semana entrevistando o pré-candidato a deputado estadual pelo PT, Ivar Pavan. Durante a entrevista Ivar discorreu sobre suas bandeiras caso chegue a Assembleia Legislativa, projeto nacional do partido e eleições ao governo do Estado.

Pavan afirmou que já havia anunciado sua disposição para “pendurar as chuteiras”, porém  houve um processo de discussão no partido buscando unificar o PT na região. Segundo Ivar, todas as vezes que seu partido fez isso, conseguiu eleger seus representantes. “Só não elegemos deputados aqui na região quando dividimos o partido”.  Ele disse que seu nome foi indicado pela história e pra facilitar unificação da região juntamente com o pré-candidato Anacleto Zanella que disputará a eleição a Deputado Federal.

Juntamos uma dobrada capaz de formar um bom palanque na região e temos chances reais de eleger  essa dobrada aqui na no Alto Uruguai”.

Votos de fora

Ivar acredita que possa fazer uma boa votação fora da região do Alto Uruguai e que isso facilitaria sua eleição. Segundo ele na região Metropolitana nunca deixou de fazer entre 8 e 10 mil votos. “Tem um grupo grande que historicamente me apoiou e que volta me apoiar novamente e talvez seja o complemento necessário para garantir a eleição de um deputado. Além da região Metropolitana tem um grupo de apoiadores na região de Tenente Portela, Ronda Alta, Sarandi e na Serra Gaúcha”.

Lula

Quando questionado sobre como um ex-presidiário poderia representar a esperança para o povo, Pavan respondeu dizendo que Lula deixou o mandato de presidente depois de oito anos com mais de 80% de aprovação da população brasileira, com quase pleno emprego, com salário mínimo que subia mais de 20% acima da inflação em cada mandato. “Desde o golpe contra Dilma, onde Temer ficou dois anos na presidência e mais quatro anos do atual presidente não tivemos 1% de ganho real do salário mínimo”.

Pavan afirmou Lula quer permitir que as pessoas possam voltar a sonhar com aquilo que já tiveram e com uma vida ainda melhor.

Eu vi muita gente que diz que não gosta do Lula. Não precisa gostar do Lula, mas tu gosta do teu salário? Tu gostaria de colocar o teu filho em uma universidade pública e gratuita? Tu gostaria de ter dinheiro para comprar uma casa nova, para tirar férias e passear? Hoje boa parte da população mais pobre perdeu esse direito”.

Sobre a prisão da maior liderança petista, Pavan afirmou que Lula não foi preso pelos seus erros e sim pelos acertos. “O Supremo Tribunal Federal anulou todos os processos contra Lula. Anulou porque tinha uma calúnia sem provas. Para ser caluniado é fácil e o Supremo inocentou Lula porque ele é inocente”.

Participação do MDB no governo

O pré-candidato Ivar Pavan goza de prestigio junto a cúpula nacional do PT e quando questionado se o MDB, que é chamado de “partido golpista”, poderia fazer parte de um eventual governo, afirmou que o objetivo principal é a defesa da democracia.

Tem uma parte do MDB que é golpista, assumidamente golpista, mas tem uma ala do partido que é defensora da democracia, então seguramente essa parte estará com o Lula”.

Principais bandeiras

Ivar também falou sobre as principais bandeiras caso o PT chegue ao poder. “Quando eu era deputado e fomos governo tivemos a construção das paralelas, tivemos a Universidade Federal, tivemos o Instituto Federal, tinha reajuste de salário, a indústria da construção civil tinha investimentos enormes e eu pergunto: cadê a obra do atual governo? Onde estão as obras do governo Bolsonaro e Leite? O país está precisando de um governo que pense o desenvolvimento. Precisamos retomar uma política no país de produção de alimentos, precisamos valorizar as cadeias produtivas da região e as políticas para produção de alimentos tem que ser mais vantajosas do que as da soja. Nós temos que pensar o Brasil para o povo brasileiro e não para apenas meia dúzia de grupos econômicos”, finalizou Ivar Pavan.

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