“Só pode ser diretor quem é amigo do prefeito. É o maior retrocesso que vai acontecer em Erechim”, diz André Jucoski

Após adiamento da votação do projeto que pode mudar a forma de escolha dos diretores de escolas municipais, em função do pedido de vistas dos vereadores André Jucoski (PDT) e Anaximandro Pezzin (Republicanos), esse foi um dos temas da entrevista do Estúdio Boa Vista na terça-feira (10).

Em conversa com o vereador André Jucoski, questionei se ele acredita ser uma forma de acabar com a democracia nas escolas. Ainda, como avalia que um professor para ser diretor precisa ser indicado pelo governo.

Tão logo disse que o pedido de vistas foi uma manobra política para retardar a votação. “A gente sabe que está praticamente definido que esse projeto passe, a não ser que aconteça um fato extraordinário. Inclusive, na comissão de constituição e justiça eu sou o primeiro suplente e participei de 90% das sessões, enquanto alguns vereadores nunca aparecem. No último encontro, gostariam que eu não tivesse participado para que a votação tivesse sido diferente, mas eu estava lá”, salientou o vereador.

Ainda abertamente falou da maior decepção deste mandato, referindo-se à quando assinou uma ideia junto ao vereador Anacleto Zanella, para que fosse realizada uma audiência pública sobre o tema. “Queríamos dialogar e a audiência foi rejeitado pela casa. Porque não querem discutir o projeto?”, questionou.

Jucoski que é um defensor da educação, já foi presidente de diretório acadêmico, disse não admitir o direito que está sendo tirado dos professores, porque eles não tem identificação política.

“Se tirarmos o único instrumento onde os pais, alunos e professores tem condição de opinar, aí está tudo errado. É o maior retrocesso que vai acontecer em Erechim se esse projeto passar. Só pode ser diretor quem é amigo do prefeito, independente da competência, isso não pode acontecer”, finalizou.

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