O Sicredi conta com importantes programas sociais que fomentam o crescimento local e regional. Entre eles estão o Programa A União Faz a Vida e Cooperativas Escolares, com ações pedagógicas voltadas para a cooperação e a cidadania nas escolas, envolvendo alunos e educadores.
Visando ampliar o número de municípios desenvolvendo esses programas, foi realizado um encontro, na quarta-feira, 3, em Erechim, para apresentar o Programa A União Faz a Vida e Cooperativas Escolares, para onze municípios do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
O evento foi realizado no Seminário Nossa Senhora de Fátima e contou com a presença do presidente da Sicredi UniEstados, Adelar José Parmeggiani; do coordenador do Projeto de Cooperativismo Escolar da Casa Cooperativa de Nova Petrópolis, Professor Everaldo Marini; a responsável pelos Programas A União Faz a Vida e Cooperativas Escolares, Luciana Baruffi; o Assessor de Programas de Relacionamento e coordenador de Cooperativas Escolares e Sustentabilidade da Central Sicredi Sul/Sudeste, Wilian Santos. Também participaram do encontro, os gerentes das agências do Sicredi desses municípios e as duas cooperativas escolares fomentadas pela Sicredi UniEstados no município de Campinas do Sul, a Coopacal e a Uniesco que apresentaram seus cases para os presentes.
Após as boas-vindas do presidente Adelar José Parmeggiani, o professor Everaldo Marini falou sobre as Cooperativas Escolares. Ele desenvolve esse trabalho desde 2010, em nível nacional e também no Paraguai e Argentina. Segundo o professor, existem, atualmente, 134 cooperativas escolares no Brasil e 107 no Rio Grande do Sul.
Segundo Marini, a cooperativa escolar é um projeto que trabalha com quatro pilares: a formação de lideranças, o empreendedorismo social, a inclusão e a educação financeira. A partir desses pilares, são desenvolvidos outros quatro pilares da Unesco para o século 21: aprender a ser, aprender a conhecer, aprender a fazer e aprender a conviver. Juntam-se a isso, os princípios do cooperativismo que constituem o currículo da cooperativa escolar.
Everaldo explicou que, no programa Cooperativas Escolares, a comunidade escolar é chamada de comunidade de aprendizagem, onde estão incluídos pais, professores, coordenação pedagógica, direção e os alunos. “Quando este grupo manifesta o sim pela cooperativa, começamos a trazer uma formação para a sua implantação. Esse tempo de estudo, geralmente de 6 a 9 meses, é o período necessário para trabalhar todo o aspecto pedagógico e formativo. Depois disso, as crianças ou adolescentes criam a sua cooperativa escolar. Em sua essência, buscam formular uma proposta pedagógica com a participação do corpo discente em atividades práticas”, esclareceu.
APRENDIZAGEM
De acordo com o professor, o principal objetivo das cooperativas escolares é a aprendizagem, tanto é que são chamadas de laboratórios de aprendizagem do cooperativismo. Nesse espaço eles aprendem a fazer atas, a construir o livro caixa, a calcular custos de produção, falar em público, dar entrevistas, a se posicionar em uma
assembleia, e, claro, pensar um negócio, que é o objeto de aprendizagem. E tudo isso acontece a partir da iniciação à pesquisa, que é desenvolvida na escola. “Tudo o que os alunos produzem é uma iniciação cientifica, pois eles pesquisam o mercado, a história do objeto que eles querem trabalhar, o custo de produção, quem é o mercado consumidor, ou seja, tudo está baseado na pesquisa”.
Wilian Santos também enalteceu o papel transformador das cooperativas escolares na vida dos jovens e reforçou o convite para que os municípios se desafiem e aceitem a proposta.
O presidente da Sicredi UniEstados, Adelar Parmeggiani, falou que não há lugar mais transformador do que uma cooperativa escolar. “Esses jovens terão um diferencial em suas vidas”, afirmou, também convidando os municípios a semearem essa semente nas suas escolas.
A responsável pelos Programas A União Faz a Vida e Cooperativas Escolares, Luciana Baruffi, se colocou à disposição para ajudar os municípios na mobilização para a formação de cooperativas escolares.