Setor de serviços lidera avanço entre segmentos econômicos no RS em 2023

Comércio apresenta desaceleração mais acentuada e indústria segue no negativo em meio à economia com tração limitada

Cercados por juro alto, mercado externo com apetite limitado e acomodação após o pico da retomada, os três principais pilares da economia mantêm movimentos diferentes no acumulado deste ano no RS. O setor de serviços segue com o maior avanço, enquanto comércio intensifica a perda de tração e a indústria permanece no vermelho em meio a oscilações.

Volta a patamares de normalidade, freio no consumo e crédito caro e restrito são alguns dos ingredientes que formam o cenário, segundo especialistas. Para os próximos meses, projetam desaceleração rumo à estabilidade da atividade em um ambiente ainda marcado pelos efeitos da Selic elevada.

Motor da economia no país, com destaque em negócios, empregos e atividade, o setor de serviços mantém a liderança. De janeiro a maio, anota alta de 7,5% no volume de serviços prestados, após novo avanço em maio. Transportes e serviços de informação e comunicação estão na ponta entre os segmentos com maior salto nos cinco primeiros meses de 2023.

Mesmo com alta mais expressiva entre os principais ramos da economia, o setor de serviços segue com movimento de desaceleração no acumulado do ano. Giovana diz que esse movimento é esperado diante da acomodação após pico observado na saída da pandemia.

O comércio segue no azul, mas mostra perda de fôlego mais acentuada nos últimos meses. Em maio, o volume de vendas do varejo recuou 1,6% no Estado — queda em patamar acima da média nacional. Com a atualização, o setor acumula agora alta de 1,9% no ano, variação positiva abaixo da observada em meses anteriores. Combustíveis e lubrificantes e eletrodomésticos apresentaram os maiores crescimentos no ano no comércio.

A indústria segue com o pior resultado entre os setores, amargando recuo de 6,4% na produção física no acumulado do ano. Produtos derivados de petróleo e cadeias ligadas à metalurgia se destacam nessa queda.

Fonte: GZH
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