Os funcionários de 21 empresas brasileiras vão passar a trabalhar quatro dias por semana, sem redução de salário. O projeto-piloto da Semana de 4 Dias (4 Day Week Brazil) começa a fase de planejamento no próximo dia 5 de setembro e, a partir de novembro, a prática, com previsão de término em abril de 2024.
O modelo que será testado reduz a carga horária de 40 para 32 horas semanais sem alteração de salário, segundo a organização 4 Day Week Global.
Hospital, empresa de arquitetura, hotelaria, consultoria de recrutamento, alimentos, varejo, entretenimento e plataformas de tecnologia e inovação são alguns dos segmentos das companhias que se inscreveram até agora.
O projeto é conduzido pela consultoria de felicidade corporativa Reconnect Happiness at Work e pela 4 Day Week Global, em parceria com pesquisadores da Universidade Cambridge e do Boston College.
A organização realiza estudos com empresas ao redor do mundo para experimentar a semana de trabalho de quatro dias. O objetivo é melhorar a produtividade, a satisfação dos funcionários e promover um equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.
A maioria das empresas que se inscreveram no Brasil é de pequeno e médio porte, de dez a cem funcionários. Outras variam de 200 a mil funcionários. Com exceção de duas organizações do Sul, todas ficam na região Sudeste.
A metodologia da semana de quatro dias será a mesma adotada em outros países e utilizará o modelo chamado 100-80-100: 100% de salário, 80% de tempo e 100% de produtividade. Os participantes vão receber instruções, estratégias e suporte para lidar com o redesenho da semana, as métricas, a gestão de tempo e as mudanças na comunicação.
Testado em países como Reino Unido, Estados Unidos, Irlanda e Dinamarca, o projeto da semana de quatro dias teve resultados positivos, com o aumento da produtividade e da receita das empresas, além de redução do estresse, da ansiedade e do burnout dos funcionários.
No Brasil, segundo uma pesquisa, 80% dos trabalhadores sofrem com os sintomas da síndrome de burnout.
• 2.900 colaboradores de 61 empresas;
• 92% das companhias continuarão com semana de quatro dias;
• 39% dos colaboradores se sentiram menos estressados;
• 71% tiveram redução dos sintomas de burnout;
• 54% acharam mais fácil conciliar a vida pessoal com a profissional;
• aumento de 1,4% na receita;
• comparando-se com período similar em anos anteriores, a receita aumentou, em média, 35%;
• o turnover foi reduzido em 57% no período em que se desenvolveu o piloto; e
• 15% dos colaboradores participantes disseram que nenhum aumento de salário os faria voltar à semana de cinco dias.
Por R7