Saiba qual é o impacto do ar-condicionado na conta de luz

Onda de calor que afeta o Estado torna o equipamento um dos principais aliados para aumentar o conforto e escapar da alta temperatura

Com os efeitos da onda de calor chegando no Estado, o ar-condicionado ganha mais protagonismo nas casas e nos pontos comerciais. Quem pode, se isola em ambientes com essa tecnologia, que “transforma” temperaturas acima dos 30°C em áreas com termômetros na casa dos agradáveis 20°C.

Mas esse conforto contra o calorão tem um preço e costuma deixar a conta de luz ainda mais salgada. Simulações realizadas pela Siclo – Consultoria em Energia apontam que o gasto mensal com o uso do ar-condicionado pode chegar a R$ 276,90 (veja no infográfico abaixo), levando em conta valores aproximados com base em tarifas das principais concessionárias de energia no Estado. O custo total real pode mudar conforme o modelo do equipamento, forma de uso e frequência na utilização.

No infográfico, Zero Hora compara aparelhos de 9 mil e 12 mil BTUs, os mais comuns encontrados no mercado. BTU é a sigla em inglês para British Thermal Unit, que significa Unidade Térmica Britânica. A medida indica a quantidade de energia necessária para alterar a temperatura de um ambiente.

Diante desse cenário, ganha ainda mais importância a busca por eficiência energética do aparelho. Usando com as configurações corretas e da maneira adequada, é possível tirar mais proveito do equipamento ao mesmo tempo em que se mantém o controle sobre os gastos com a energia elétrica.

O diretor operacional da Siclo, Plinio Ely Milano, afirma que a falta de cuidado com a limpeza do aparelho e a redução desenfreada da temperatura estão entre os erros mais frequentes praticados pelos usuários.

— Os dois principais equívocos que os consumidores residenciais costumam ter com seus equipamentos de ar-condicionado é, em primeiro lugar, não efetuar a limpeza do filtro. Isso deve ser feito a cada seis meses, ao menos uma verificação e, se necessária, a limpeza. O consumidor, quando coloca a temperatura no mínimo, como, por exemplo, 17°C, o equipamento vai gastar mais energia tentando atingir essa temperatura, quando deveria colocar, por exemplo, 22°C ou 23°C, que seriam suficientes — explica.

Garantir que o local tenha o isolamento ideal é outro ponto que tem de ser levado em conta pelos usuários, segundo Milano. Essa tarefa garante uma melhor refrigeração e poupa o equipamento, diminuindo o grau de desgaste.

 

Dicas de eficiência:

 

  • Mantenha o ambiente isolado e restrinja a luz solar. Frestas e aberturas no local climatizado impedem a refrigeração adequada. Locais bem fechados e isolados aumentam a eficiência do aparelho, evitando sobrecargas.

 

  • Mantenha as aberturas do ar-condicionado desobstruídas. Liberar as entradas e as saídas de ar é essencial para garantir o funcionamento pleno do equipamento. Por isso, mantenha o ar-condicionado longe de móveis e cortinas, por exemplo.

 

  • Controle a temperatura de maneira consciente. Regular a temperatura de maneira eficiente pode ajudar no consumo de energia. Reduzir a temperatura para um valor mais baixo pode ser uma estratégia para acelerar a refrigeração em ar-condicionado de modelo inverter. No entanto, no caso de um split convencional, quanto mais baixa a temperatura selecionada, maior será o consumo de energia. Ou seja, não vai gelar de maneira rápida e aumentará o gasto com energia. Especialistas orientam deixar a temperatura entre 22°C e 25°C para um equilíbrio entre o conforto térmico e a eficiência energética.

Por GZH