Balanço divulgado pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran) aponta um total de 1.572 mortes em acidentes de trânsito nas ruas e estradas do Rio Grande do Sul em 2023, contra 1.707 no ano anterior – uma redução de 8%. A estatística abrange óbitos instantâneos e os desfechos fatais ocorridos em até 30 dias após o episódio, conforme metodologia da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Os dados mostram, por outro lado, um aumento na ocorrência de idosos entre os mortos em colisões, capotagens, atropelamentos e outros incidentes. A faixa etária de 65 a 74 anos concentrou a maioria dos casos no ano passado (132 registros), status tradicionalmente ocupado pelos jovens a partir dos 20 anos.
Um aspecto que permanece inalterado é o predomínio de homens entre os casos fatais na análise por gênero: eles aparecem em número quatro vezes superior ao de mulheres. De qualquer forma, o fato positivo são as 135 vidas poupadas na comparação os números absolutos de cada ano do período.
Ao longo dos últimos meses, a fiscalização tem sido reforçada e os agentes do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) aumentaram em 64% as abordagens por meio das ações “Balada Segura”, nas quais é utilizado o chamado “bafômetro passivo”, capaz de detectar presença de álcool no ar sem a necessidade de o motorista sair do carro – em caso positivo, ele é convidado a realizar o teste convencional, soprando o dispositivo.
O governo gaúcho atribui a diminuição dos acidentes com morte a iniciativas como essa, que englobam campanhas de conscientização para a importância de um trânsito mais seguro. Nas 40 cidades com o convênio para o programa, a redução da letalidade no trânsito foi de 14,5% entre 2023 e o ano anterior, enquanto nas demais a queda foi de 3,4%.
Na análise por turno do dia, os resultados corroboram a eficácia da iniciativa, realizada com apoio de autoridades locais durante as madrugadas (principal turno das blitze). “As cidades que aderiram ao ‘Balada Segura’ tiveram uma baixa de 33% das mortes em acidentes durante nessa faixa de horário, enquanto nas outras a diminuição foi de 5%”, compara o órgão.