Rio Grande do Sul tem o terceiro maior percentual de abstenções do Brasil neste segundo turno

O segundo turno no estado teve 32,41% de abstenção.

O Rio Grande do Sul registrou o terceiro maior número de abstenções neste segundo turno das eleições 2024, com 32,41% de pessoas que não compareceram para votar neste domingo (27). A liderança ficou com o Estado de Goiás, com 34,43%. Já a menor taxa ocorreu no Ceará, onde 15,28% não votaram.

Os eleitores das cinco maiores cidades do Rio Grande do Sul (Porto Alegre, Canoas, Caxias do Sul, Pelotas e Santa Maria) compareceram às urnas para eleger os prefeitos e vice-prefeitos. A cada três eleitores de Porto Alegre, um não foi votar neste domingo de segundo turno de eleição. A taxa de abstenção na capital gaúcha é a mais alta entre as 15 capitais que definiram prefeitos, de 34,83%. Ao todo, 381.965 pessoas aptas a votar não foram às urnas na cidade.

Confira a totalização de votos das eleições majoritárias nas maiores cidades gaúchas:

Porto Alegre: 381.965 – 34,83 %

Canoas: 92.716 – 35,72%

Caxias do Sul: 99.441 – 28,64 %

Pelotas: 63.931 25,71 %

Santa Maria: 62.463 – 29,83 %

Conforme a legislação, as cidades com mais de 200 mil eleitores, onde nenhum candidato obtiver pelo menos 50% dos votos válidos no primeiro turno, haverá um segundo turno. No País, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram 29,26% de abstenções registradas neste segundo turno. Ao todo, 9.947.369 eleitores não compareceram às urnas no segundo turno das eleições municipais. O segundo turno das eleições municipais ocorreu em 51 municípios brasileiros, sendo 15 capitais.

A presidente do TSE, Cármen Lúcia, já havia informado neste domingo que a abstenção no segundo turno era de cerca de 29,2%, mas o número exato de eleitores ausentes só foi consolidado pela Corte Eleitoral nesta segunda. A porcentagem é maior que no primeiro turno, quando cerca de 33,8 milhões de brasileiros não votaram (21,71% do total de eleitores aptos).

Na avaliação de Cármen Lúcia, a taxa de faltantes foi “alta” neste segundo turno. No sábado (26), em pronunciamento no rádio e na TV, ela pediu para os brasileiros comparecerem às urnas. A Corte Eleitoral vai analisar de forma regionalizada o que pode ter provocado os altos índices de abstenção. A ideia é fazer uma pesquisa, em conjunto com os Tribunais Regionais Eleitorais, e elaborar ações para enfrentar a questão. Os dados devem ficar disponíveis antes da diplomação dos eleitos em dezembro.

“Nós temos os dados de hoje mais genéricos, genéricos que eu digo é como se fosse um recorte de todo Brasil que não permite saber exatamente em cada local como foi abstenção”, disse a presidente do TSE durante entrevista.
A ministra disse que no Amazonas, por exemplo, havia uma preocupação porque a estiagem acabou dificultando o deslocamento pelos rios e consequentemente o acesso de eleitores e eleitoras, mas o índice de abstenção foi menor do que o apurado.

“A gente também vai ter que apurar em cada local. Houve local, houve município em que teve 16% e houve município com 30%”, afirmou a ministra.

“Nós temos que ver em cada local o que aconteceu, o porque está acontecendo e o que a gente pode fazer para que a abstenção onde tenha aumentado não volte a acontecer”, completou.

Veja o ranking
– Goiás – 34,43% de abstenção
– Espírito Santo – 33,17% de abstenção
– Rio Grande do Sul – 32,41% de abstenção
– Minas Gerais – 31,79% de abstenção
– Rio de Janeiro – 31,71% de abstenção
– São Paulo – 31,42% de abstenção
– Rondônia – 30,42% de abstenção
– Paraná – 30,02% de abstenção
– Mato Grosso do Sul – 28,60 de abstenção
– Rio Grande do Norte – 26,07% de abstenção
– Tocantins – 25,73% de abstenção
– Mato Grosso – 25,73% de abstenção
– Pará – 25,28% de abstenção
– Sergipe – 25,16% de abstenção
– Maranhão – 24,29% de abstenção
– Amazonas – 23,39% de abstenção
– Pernambuco – 22,72% de abstenção
– Paraíba – 20,76% de abstenção
– Bahia – 19,63% de abstenção
– Ceará – 16,28% de abstenção

Por Redação Jornal Boa Vista
Com informações O Sul

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