Com o plenário da Câmara de Vereadores lotado, representantes de diversas entidades, movimentos sociais e a comunidade em geral, debateram na noite desta segunda-feira, dia 15/04, a proposta da Reforma da Previdência que está tramitando no congresso nacional.
O Vereador Lucas Farina, proponente da audiência, durante a abertura do evento, ressaltou a importância do debate, salientando que as propostas apresentadas não condizem com as reais necessidades de nosso país, segundo o parlamentar “a reforma está posta de forma covarde, propõe que os trabalhadores mais humildes paguem a conta, enquanto não meche nos grandes privilégios.”
A palestrante convidada, diretora do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário, Sra. Jane Lucia Berwanger, explanou sobre a situação atual da previdência e elucidou dados sobre o projeto que está sendo apresentado. Dra. Jane iniciou sua explanação afirmando que a população brasileira tem interesse e precisa de mais informações. Seguiu comparando uma imagem projetada do rompimento da barragem de Brumadinho-MG com a atual proposta de reforma. “O rompimento levou tudo por diante. A reforma também fará isto. Se aprovada, todas as pessoas, direta ou indiretamente serão afetadas para pior.” Na sequência a Dra. Jane explicou os motivos que a levam acreditar que a reforma ameaça por “fim” a aposentadoria, ainda sanou as dúvidas dos presentes, que se estenderam em diversas falas, uma vez que a preocupação é predominante.
Representando o Comitê Alto Uruguai em Defesa da Previdência Pública, Sra. Marisa Betiato disponibilizou o comitê para todas as entidades que quiserem participar, salientando que neste momento se faz necessário levar informações a mais pessoas e que, é imprescindível mais mobilizações que pressionem o governo a recuar na atual proposta.
Conforme as intervenções dos presentes, ficou claro que há muitas correções a serem feitas na legislação vigente da previdência, mas que a proposta atual prejudica os contribuintes com menores rendimentos, sem retirar os benefícios dos maiores salários.
Os participantes da audiência definiram encaminhar uma moção contrária a atual reforma que será enviada aos prefeitos, deputados estaduais, deputados federais e senadores da república.