O PT tem discutido internamente o papel da ex-presidente Dilma Rousseff na campanha eleitoral do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As campanhas adversárias, como de Jair Bolsonaro (PL) e Sérgio Moro (Podemos), têm preparado levantamento com os índices negativos da gestão da petista para criticar um eventual retorno da legenda ao Palácio do Planalto.
No partido, apesar de algumas lideranças estaduais defenderem em caráter reservado a ausência da petista na linha de frente da campanha eleitoral, dirigentes nacionais consideram que a medida poderia ser prejudicial.
A avaliação deles é de que, como uma espécie de vacina eleitoral, a legenda deveria se antecipar às críticas e já colocar a petista nas primeiras inserções da legenda na televisão e rádio.
O receio, nas palavras de dirigentes petistas, é cometer o mesmo equívoco do PSDB nas eleições de 2002 e 2006, quando o partido evitava mostrar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
A ausência do tucano na linha de frente foi usada como uma munição eleitoral justamente pelo PT, que venceu as duas eleições presidenciais com a candidatura de Lula.
A recessão econômica enfrentada no governo da petista e a política de preços sobre combustíveis, que gerou um prejuízo bilionário à Petrobras, devem ser explorados pelos adversários do petista na disputa deste ano.
Como resposta às críticas, o partido pretende relembrar os índices dos dois mandatos de Lula, como o crescimento econômico e a baixa inflação. Lula, no entanto, tem defendido uma mudança na política de preços da Petrobras, o que tem sido criticado pelo mercado financeiro.
Fonte: O Sul