Projeto de incentivo a produção de bananas já vem mostrando resultados positivos em Aratiba

Projeto foi lançado no ano passado pelo Governo de Aratiba através da Secretaria da Agricultura e CETAP

Em torno de 10 hectares já estão sendo cultivados com bananas. O projeto envolve 13 famílias, que plantaram 10 mil mudas.  A maior parte dos agricultores está consorciando a produção com outros produtos no sistema agroflorestal como abacate, mamão, melancia, abobora mandioca, milho, pipoca e moranga. A coordenadora do projeto Rafaela Dellagostini explica que essa combinação pode ser feita de forma simultânea ou em sequência temporal, trazendo benefícios econômicos e ecológicos. “Agrofloresta é um sistema ancestral de uso da terra que vem sendo praticado por milhares de anos por agricultores de todo o mundo. No entanto, nos anos mais recentes, também têm sido desenvolvida como uma ciência que se compromete a ajudar agricultores a incrementar produtividade, rentabilidade e sustentabilidade em suas terras”, disse.

Tendo em vista que a  agrofloresta é um sistema de produção que imita o que a natureza faz normalmente, com o solo sempre coberto pela vegetação, muitos tipos de plantas juntas, umas ajudando as outras, sem problemas com pragas ou doenças, dispensando o uso de venenos, com a implantação do projeto formou-se em Aratiba um novo grupo de produção orgânica visando formação e certificação das famílias.

As bananeiras demoram de 12 a 24 meses para começar a produzir. “Nossos produtores estão se dedicando no que diz respeito à adubação orgânica e cuidados no geral, com isso, muitos deles estarão produzindo já no primeiro ano ou em menos de 12 meses, com mercado garantido para a fruta”, garantiu Rafaela Dellagostini. E como dizia a agroecologista Ana Maria Primavesi: “A natureza é perfeita como DEUS criou e não como o homem quer”. Ela também destacou a necessidade de “lutar pela terra, pelas plantas, pela agricultura, porque se não vivermos dentro da agricultura, vamos acabar; não tem vida que continue sem terra, sem agricultura”.