Produtores assistem demonstração de pulverização agrícola com drone em lavoura

Cerca de 70 produtores do município de Jacutinga, região do Alto Uruguai, assistiram a uma demonstração da utilização de drone como ferramenta na pulverização nas lavouras, realizada na tarde de sexta-feira (22/10). A nova tecnologia à disposição da agricultura foi demonstrada em uma área de lavoura do produtor Adilson Conte, na comunidade Linha Gasparetto. Na demonstração foi utilizada água sem produto químico. Também acompanharam a atividade produtores dos municípios de Charrua, Quatro Irmãos, Erechim e Getúlio Vargas, acompanhados dos extensionistas da Emater/RS-Ascar, além de professores do curso de Agronomia da URI (Campus de Erechim) e lideranças parceiras.

 

Os participantes receberam orientações sobre a pulverização e o aparelho, bem como sobre a interferência das condições climáticas na utilização. O aparelho tem capacidade de 20 litros para pulverizar até 12 hectares por hora. O primeiro procedimento é o mapeamento da área por imagem, com informações precisas da área a ser pulverizada. Dentro das recomendações seguras para a pulverização estão a velocidade dos ventos de até 15km/h e umidade relativa do ar acima de 50%. Entre as vantagens do uso do drone em relação ao trator, por exemplo, estão a economia de tempo, melhor aproveitamento da área a ser pulverizada (mapeadas) evitando perdas, a aplicação em áreas de relevo e não provoca o amassamento da lavoura.

 

As orientações técnicas foram repassadas por Luam Dall Agnol e Mateus Dall Agnol, da empresa Agroplan. O modelo do drone (DJI Agras T20) usado na demonstração tem capacidade de 20 litros, podendo realizar pulverização de até dois hectares por voo, com largura da faixa de pulverização de sete metros. Após o mapeamento da área, que pode ser feito com controle remoto do próprio drone, a pulverização poderá ser totalmente autônoma, bastando apenas o controlador do aparelho escolher o ponto de início da pulverização. Ao terminar a calda ou a bateria chegar a nível crítico, o equipamento retorna ao ponto de abastecimento, ou seja, ao ponto de partida do voo.

 

O evento foi promovido pela Emater/RS-Ascar, por meio do Escritório Municipal de Jacuntinga, e Prefeitura, através da Secretaria Municipal da Agricultura, com apoio do Banrisul, Sicredi e Cresol.

 

A atividade foi conduzida pela equipe do Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar de Jacutinga, integrada pelos extensionistas Derli Dalastra, Anderson Ogliari e Mari Tania Trevizol Spazzini e pela extensionista Fernanda Tacca Angonese.

 

Para a equipe do Escritório Municipal de Jacutinga, o evento foi importante, já que a agricultura é a base da economia de Jacutinga, e pode  contribuir com o desenvolvimento deste setor com os avanços tecnológicos para produção.  Com a demonstração da pulverização os produtores tiveram a oportunidade de observar o funcionamento do drone bem como a qualidade da pulverização, já que foram dispostos na lavoura cartões sensíveis a água para avaliação da pulverização.

 

Abertura

A demonstração também foi acompanhada pelo prefeito de Jacutinga, Carlos Alberto Bordin, pelo vice-prefeito, Avelino Ricardo Menegaz, pelo secretário da Agricultura, Darci José De Ré, pelo gerente adjunto do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Erechim, Cezar da Rosa, presidente da Câmara de Vereadores, Marcio Sommer, e o presidente do Conselho Municipal da Agricultura, Vitor Bampi.

 

O prefeito elogiou a inciativa da Emater/RS-Ascar na realização do evento e observou que o Poder Público vem investindo na agricultura, exemplificando as áreas do Pronaf, da irrigação, da armazenagem e agroindústrias.  “Agradeço a Emater, as demais parcerias, aos produtores. É função do Poder Público incentivar, motivar, oferecer alternativas para o crescimento socioeconômico de nossa cidade”, reforçou o prefeito.

 

Cezar da Rosa, em nome da Emater/RS-Ascar, agradeceu a Prefeitura e demais parceiros por apoiarem a atividade visando proporcionar conhecimento aos produtores. Também observou que a operação e uso do drone tem que seguir a legislação, com capacitação para aplicação dos produtos na lavoura. “É preciso responsabilidade técnica”, recomendou. Também destacaram a importância da ação para os produtores o vice-prefeito e o secretário municipal da Agricultura.