Produção leiteira tem queda na região do Alto Uruguai

A geada ocorrida em alguns municípios da região do Alto Uruguai, na semana passada, causou dessecação das pastagens de verão, reduzindo ainda mais a oferta de forragem destas espécies. Com a melhoria da umidade do solo, a partir das chuvas dos últimos dias, as pastagens anuais de inverno intensificaram seu desenvolvimento. De acordo com engenheiro agrônomo e extensionista rural do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Erechim, Vilmar Fruscalso, no momento, os agricultores estão realizando adubação nitrogenada. A oferta de forragem aos rebanhos e os alimentos conservados estão sendo a principal fonte de fibra para os animais. Na parte da bovinocultura de corte, segundo Fruscalso, as condições sanitárias gerais dos animais são boas. Na região, o preço do boi gordo se mantém estável, em média R$ 6,50/kg. A oferta de bezerros é boa e a maioria dos animais é comercializada localmente.

Na área de bovinocultura de leite, as silagens safra reduziram a produtividade média em 6%. Já as silagens de safrinha foram mais fortemente atingidas, com quedas médias de 30% na produção, “comprometendo a qualidade nutricional”, avalia o agrônomo.

As perdas médias estimadas para a região do Alto Uruguai são de 20% da produção leiteira, comparada aos 83 milhões de litros projetados para os últimos quatro meses. “A redução na produção se deve à prolongada estiagem ocorrida na região”, pondera Fruscalso, ao ressaltar que alguns agricultores têm manifestado preocupação em relação ao futuro imediato e a médio prazo da atividade leiteira, em virtude da pandemia coronavírus. Os rebanhos estão em boas condições sanitárias. O leite foi cotado a R$ 1,45 o litro.

Na região, assim como no Estado, a Emater/RS-Ascar trabalha em parceria com a Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr).