A Unimed Erechim realizou na quinta-feira, 30 de novembro, o último encontro do ciclo de palestras do serviço de Medicina Preventiva. O tema abordado foi a prevenção ao câncer de pele, com a médica Jaqueline Buaes Graeff.
Durante a palestra, a dermatologista falou sobre os tipos de câncer, formas de prevenção e ressaltou a importância do diagnóstico precoce, além de dirimir dúvidas dos quase 80 participantes.
Segundo a médica, em torno de 20% da população no Brasil sofre de algum tipo de câncer de pele. No Rio Grande do Sul, devido à forte colonização europeia, a incidência é maior em função da pele clara. “Isso é comprovado estatisticamente e o sol é o principal fator. É o câncer mais comum entre os brasileiros”, salienta.
Esse mês é batizado como Dezembro Laranja para disseminar informações sobre o câncer de pele: é fundamental e imprescindível o uso de protetor solar sempre. “Temos que criar esse hábito”, pontua Jaqueline.
O câncer de pele é uma doença que compromete a pele e mucosas, atingindo principalmente pessoas de pele clara, em especial aquelas que trabalham expostas ao sol como agricultores, trabalhadores da construção civil, jardineiros, entre outros.
Segundo a médica, as lesões têm início lento, são assintomáticas e geralmente passam despercebidas. Podem comprometer qualquer local da superfície cutânea, em especial as partes mais expostas, como cabeça, pescoço, tórax e membros superiores. “A faixa mais comprometida é a partir dos 40 anos, mas atualmente o início vem sendo cada mais precoce”, enfatiza.
Os tipos de câncer de pele são: carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanona maligno.
Carcinoma basocelular: é o tipo mais comum, invasivo localmente e dificilmente causa metástases. Inicia lentamente com uma pequena mancha de tom rosa ou castanho claro, assintomática que com o passar do tempo passa a coçar ou arder, formar crosta e nunca cicatriza. A maioria aparece na face, região cervical, tronco, braços, mãos e dorso.
Carcinoma espinocelular: esse tipo é mais agressivo, invasivo e pode, em alguns casos dar metástases.. Em pacientes imunossuprimidos pode ser muito agressivo. Pode ser agravado também pela exposição ocupacional ao alcatrão, piche, óleos combustíveis, lubrificantes e arsênicos. A lesão é uma pápula (pequena elevação) ou erosão que acaba comprometendo as áreas expostas.
Melanoma maligno: o diagnóstico precoce é a melhor forma de um bom prognóstico. A exposição à radiação ultravioleta é a principal causa e o histórico familiar também é importante. Em lesões já existentes (belezas) deve sempre se observar a assimetria, bordas irregulares, mistura de cores e diâmetro (maior que seis milímetros).
Ao final da palestra, Jaqueline fez questão de frisar que “em saúde sempre é melhor prevenir. No caso do câncer de pele é preciso cuidar os horários e exposição ao sol, usar chapéus e proteger as partes expostas do corpo com protetor solar no mínimo com fator 30”.
Sobre o protetor soltar a palestrante fez algumas considerações. É preciso se informar sobre a confiabilidade do filtro que irá utilizar, aplicar sempre com a pele limpa, não associar cremes e filtro ao mesmo tempo, e lavar sempre as mãos antes de fazer a aplicação.
Ao final da palestra, o grupo da Medicina Preventiva que teve maior assiduidade ao longo do ano foi agraciado com presentes oferecidos pela Unimed Erechim e também sorteados brindes aos presentes, guarda-chuvas laranjas, a cor usada na prevenção do câncer de pele neste mês de dezembro.