Capturar dióxido de carbono (CO2) para transformar em insumos estratégicos para a agricultura é uma tecnologia promissora que está sendo desenvolvida na China e observada pela comitiva brasileira como exemplo a ser seguido. O presidente da Frente Parlamentar da Mineração e do Polo Carboquímico, deputado Paparico Bacchi, integra a missão técnica e há tempo já iniciou o trabalho para transformar o Rio Grande do Sul em um polo de produção de fertilizantes.
O Projeto de Lei nº 166/2025, de sua autoria, que visa instituir o Plano Estadual de Fertilizantes está tramitando na Assembleia Legislativa e cria diretrizes para integrar políticas públicas, estimular a inovação e a pesquisa, e promover a transição para sistemas agroprodutivos mais resilientes. “Temos um solo rico em minerais que pode ser utilizado para reduzirmos a dependência externa de adubos, estimular a produção industrial e agrícola e fornecer produtos com preço acessível ao produtor rural”, comentou o parlamentar.
O Plano de Fertilizantes é a chance de abrir caminhos para viabilizar investimentos apontou o assessor do ministro da Agricultura e pesquisador da Embrapa, José Carlos Polidoro. “Desde 2022, temos uma política nacional de fertilizantes com as diretrizes gerais, mas o que vai fazer funcionar mesmo para as mudanças de dependência de importação é promulgar leis estaduais que façam com que o Estado seja atraente para os investimentos das futuras fábricas de fertilizantes. Então, o Rio Grande do Sul tem uma grande oportunidade junto com o deputado Paparico para poder avançar com essa pauta”.
Seguindo exemplos de estados como Goiás, Rio de Janeiro e Mato Grosso, o deputado Paparico Bacchi busca criar um ambiente econômico competitivo em solo gaúcho. De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Carbono Sustentável, Fernando Zancan, “o Rio Grande pode ser um grande produtor de fertilizantes, para que isso aconteça, a gente tem que ter um marco legal que incentive os investidores, por isso, é importantíssima a lei que o deputado Paparico está promovendo e esperamos que a Assembleia aprove o mais rápido possível”.
Conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o Brasil gastou U$$ 25 bilhões em importação de fertilizantes em 2024. O coordenador-geral de Desenvolvimento Tecnológico e Transformação do Ministério de Minas e Energia, Miguel Leite, indica que “ampliar a produção de fertilizantes é muito importante para o país, até porque o mercado mundial é marcado por questões geopolíticas que deixam o Brasil em situação de insegurança”.
A missão na China, nesta quarta-feira (13), entra no terceiro dia de visitas às plantas industriais voltadas para a descarbonização de usinas termoelétricas e à produção de fertilizantes nitrogenados. A viagem técnica se estende até o dia 16 de agosto.
Por Ascom Deputado Paparico