Um cenário com produção e emprego em alta, menor ociosidade, estoques baixos e otimismo com a demanda e com o emprego é apresentado na pesquisa Sondagem Industrial de outubro, divulgada nesta terça-feira (10), pela Fiergs (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul).
O levantamento também revela empresários mais dispostos a investir nos próximos meses. “Mesmo com crescimentos em sequência da produção, os estoques seguiram em queda e em patamares inferiores ao planejado pelas empresas pelo sexto mês consecutivo, o que é uma boa sinalização. Ainda temos muito a reconstruir em nosso estado, e o setor industrial desempenha um papel fundamental nesse processo”, diz o presidente da Fiergs, Claudio Bier.
O índice de produção industrial registrou 58,5 pontos em outubro, o que representa aumento em relação a setembro, a quarta elevação seguida do índice e a mais disseminada delas. A produção não crescia por quatro meses consecutivos desde 2022, entre maio e agosto. O ritmo da alta em outubro foi mais acentuado do que o esperado para o mês, cuja média histórica é de 53,7 pontos.
O emprego também cresceu. O índice do número de empregados atingiu 52,8 pontos em outubro, bem acima da média histórica do período, que é de 49,7. Os índices variam de zero a cem pontos e valores acima de 50 indicam crescimento na comparação com o mês anterior.
Outro resultado da Sondagem a confirmar a aceleração da atividade industrial no mês foi a utilização da capacidade instalada (UCI), que cresceu de 71%, em setembro, para 75%, em outubro, patamar também superior aos 72,7% da média histórica do mês.
Expectativas
Com cenário favorável à produção, as perspectivas foram impactadas positivamente entre as 154 empresas (35 pequenas, 54 médias e 65 grandes) consultadas na pesquisa no período de 1º a 12 de novembro, e não eram tão favoráveis desde setembro de 2022.
Os índices de expectativas indicam que os empresários projetam crescimento nos próximos seis meses: o da demanda subiu de 55,3 para 57,8 pontos, o do número de empregados, de 52,1 para 54,3, o das compras de matérias-primas passou de 53,3 para 56,5, enquanto o da quantidade exportada, de 49,9 para 50,5.
O maior otimismo empresarial levou o índice de intenção de investir da indústria gaúcha ao patamar mais alto desde setembro de 2022: 60,7 pontos, mais 4,5 ante outubro. No penúltimo mês do ano, 65,6% das empresas gaúchas demonstravam pretensão de investir.
Por O Sul