Pesquisa aponta aumento na atividade industrial no Rio Grande do Sul

Com mais esta alta, o acumulado em janeiro e fevereiro de 2024 atinge 4,9%, o que não ocorria desde agosto de 2022

Pelo segundo mês consecutivo, a atividade industrial gaúcha cresceu. Em fevereiro, na comparação com janeiro, a alta foi de 2,2%. O resultado do IDI-RS (Índice de Desempenho Industrial), realizado pela Fiergs (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul), foi divulgado nesta segunda-feira (15).

Com mais esta alta, o acumulado em janeiro e fevereiro de 2024 atinge 4,9%, o que não ocorria desde agosto de 2022. O índice retorna aos níveis de maio de 2023, mas ainda está distante de recuperar as perdas recentes – continua 7,7% abaixo de agosto de 2022. Porém, supera em 7,3% o patamar anterior ao da pandemia.

Cinco dos seis componentes do IDI-RS tiveram alta na base mensal de fevereiro. Apenas o emprego caiu, 0,2%, e não cresce há dez meses. Os destaques positivos ficaram com as compras industriais (4,5%) e o faturamento real (2,4%), que aumentaram, respectivamente, pelo terceiro e segundo mês consecutivos.

Também avançaram no período, as horas trabalhadas na produção (1,6%), a utilização da capacidade instalada (0,7 ponto percentual), passando de 79,4% para 80,1%, e a massa salarial real, elevação de 0,4%.

Na comparação mensal com o ano anterior, o IDI-RS de fevereiro caiu 0,7%, a baixa menos intensa das 14 taxas negativas seguidas. Colaborou para isso o calendário atípico, com 29 dias no mês em 2024.

Desta forma, o IDI-RS fechou o primeiro bimestre com uma redução de 2,1% relativamente à igual período de 2023, repercutindo as quedas do faturamento real (-5,7%), das compras industriais (-3,1%), das horas trabalhadas na produção (-2,5%) e do emprego (-1,4%). No campo positivo, apenas a massa salarial real, com 2,3%, e a UCI, com 0,4 ponto percentual.

Segmentos

Em relação ao primeiro bimestre de 2023, nove dos 16 segmentos que compõem a pesquisa tiveram redução na atividade industrial. As maiores influências negativas partiram de Máquinas e equipamentos (-6%), Alimentos (-3,1%) e Couros e calçados (-3,4%). Os segmentos de Tabaco, (23,4%), Químicos, derivados de petróleo e biocombustíveis (3,9%), Metalurgia (15%) e Móveis (4,7%) forneceram os principais impactos positivos.

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