Fevereiro foi o nono mês consecutivo de recordes de calor no planeta Terra, anunciaram cientistas do observatório europeu Copernicus nesta quinta-feira (7). O dado considera a temperatura média do ar. Mas, além das medições na atmosfera, os cientistas também verificaram recordes nos oceanos.
Desde junho de 2023, tem sido registrado um mês mais quente a cada novo período. Um dado preocupante que ilustra claramente que vivemos uma emergência climática, ou uma “era de fervura global”, segundo o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres.
“Fevereiro junta-se à longa série de recordes dos últimos meses. Por mais notável que isso possa parecer, não é realmente surpreendente, uma vez que o aquecimento contínuo do sistema climático conduz inevitavelmente a novos extremos de temperatura”, disse o diretor do Serviço de Monitorização das Alterações Climáticas do Copernicus, Carlo Buontempo.
De acordo com o observatório, o segundo mês de 2024 foi o fevereiro mais quente já registrado globalmente porque teve uma temperatura média do ar de superfície de 13,54°C, o que equivale a 0,81°C acima da média de fevereiro de 1991 a 2020 e 0,12°C acima do recorde anterior, em fevereiro de 2016.
Além disso, a temperatura média global nos últimos 12 meses (março de 2023 a fevereiro de 2024) é a mais alta já registrada, 0,68°C acima da média de 1991 a 2020 e 1,56°C acima da média pré-industrial de 1850-1900.
Nos mares, a situação também é preocupante. Segundo o observatório europeu, a temperatura média da superfície do mar global para fevereiro atingiu 21,06°C, um recorde quando comparado com qualquer mês do conjunto de dados do Copernicus.
O número ficou acima do recorde anterior de agosto de 2023 (20,98°C). Fora isso, a temperatura média diária da superfície do mar global atingiu um novo máximo absoluto de 21,09°C no final do mês