No último sábado (17), lideranças do PCdoB do Alto Uruguai reuniram-se em Erechim para tratar, dentre diversos assuntos, da viabilidade de uma candidatura feminina regional à Câmara dos Deputados nas eleições de outubro. A atividade contou com a presença do deputado estadual Juliano Roso, vereadora Sandra Picoli, presidente local, Fabrício Biazin e militantes do partido de diversos segmentos de Erechim e região. Todos expuseram suas opiniões a respeito do projeto, que visa ter uma representante em Brasília que, além de buscar recursos, defenda as bandeiras históricas da sigla, voltadas às minorias e aos interesses públicos em geral.
Em sua fala, Juliano Roso destacou a importância do Alto Uruguai ter um nome no pleito de 2018. De acordo com o parlamentar, é hora do PCdoB dizer a que veio e o pensa para a população. O partido começa a consolidar seus votos aqui, a população precisa criar uma cultura de votar em um candidato pelo seu projeto de trabalho e pelas suas defesas de melhoria na vida das pessoas”, afirma, ressaltando que a sigla tem se empenhado internamente para lançar um nome o quanto antes. “Acho que temos que amadurecer rapidamente o debate. As condições estão dadas para o partido ter uma boa participação nas eleições”, acredita Roso, que tentará a reeleição à Assembleia Legislativa.
Já Sandra Picoli levantou uma questão de grande importância a respeito do cenário que se desenha na região e no município para a eleição deste ano. Para a vereadora, é preciso que o Alto Uruguai eleja uma pessoa que esteja sempre do lado da população, e que não fique no discurso comum dos que buscam votos na região. “É muito importante que se faça um debate com a comunidade. A imprensa tem colocado que precisamos eleger um deputado federal do Alto Uruguai, mas precisamos fazer a população entender que, antes de ter um deputado local, precisamos ter um deputado de posicionamento no congresso”, frisa Sandra, um dos nomes considerados pelo partido para o pleito. “Um deputado pode até trazer recursos, pode trazer emendas, mas por seu comprometimento partidário, pode votar a favor de uma PEC por exemplo, que no futuro fará com que os municípios deixem de receber milhões para investir em educação, saúde, segurança e assistência social”. Em francas palavras aponta que as vezes uma emenda fica pior que o soneto.