Na noite da quinta-feira (18), o deputado estadual Paparico Bacchi esteve no CTG Sentinela da Querência, em Erechim, para prestigiar o aniversário de 82 anos de vida do músico referência da cultura gaúcha, Nésio Alves Corrêa, o “Gildinho”, do grupo musical tradicionalista Os Monarcas. O deputado aproveitou a festividade que contou com a presença de familiares, amigos e autoridades da região do Alto Uruguai, para realizar a entrega de uma emenda parlamentar no valor de R$ 175 mil ao homenageado. Iniciativa proposta por Paparico para a construção e instalação de uma estátua para homenagear em vida o gaiteiro e líder do conjunto que marcou a história da música tradicionalista gaúcha, além de imortalizá-lo na cidade onde o músico reside desde 1961, a Capital da Amizade, Erechim.
“Essa é uma homenagem justa e merecida a um dos mais expressivos ícones da tradição gaúcha que completa 82 anos. Sua linda história de vida e trajetória profissional merece ser reconhecida e reverenciada por todos, especialmente pelas futuras gerações”, explicou o proponente da honraria, Paparico Bacchi.
Gildinho agradeceu aos amigos que compareceram na sua festa e, em especial, ao deputado Paparico pela indicação do recurso para a construção da estátua em sua homenagem, e ainda enfatizou que “agora o monumento do Gildinho sai”.
O deputado destacou que a iniciativa faz parte das ações do seu mandato que buscam valorizar os grandes artistas do Rio Grande do Sul, valorizando a importância do artista na vida das pessoas, especialmente no contexto da saúde emocional. No Legislativo gaúcho, o parlamentar é autor do Projeto de Lei ‘Pedro Ortaça’ — proposta que determina de forma obrigatória a inclusão de 50% de artistas da música regional na agenda artística dos eventos que tenham patrocínio de recursos públicos.
“Parabéns, meu amigo Gildinho! Siga simples como a vida nesta missão de gaiteiro!”, saudou o deputado Paparico Bacchi.
História de Gildinho
Natural de Soledade, nascido no dia 18 de janeiro de 1942, Nésio Alves Corrêa mudou-se para Erechim em 1961 em busca se tornar músico profissional. Iniciou sua carreira nos programas de auditório do rádio, com destaque no Amanhecer do Rio Grande da Rádio Difusão e, mais tarde, no Assim Canta o Rio Grande, da Rádio Erechim.
Em 1967 formou com o irmão caçula a dupla Gildinho e Chiquito. Em 1969, gravaram o seu primeiro disco compacto, pela gravadora Monterrey, chamado “Os Trovadores do Sul” – composto por quatro músicas da dupla. O primeiro disco com o nome de Os Monarcas veio somente em 1974, com o título Galpão em Festa. O terceiro disco, chamado Gaúcho Divertido foi gravado em 1976. A discografia de Os Monarcas conta ainda com os discos: O Valentão Bombachudo (1978); Isso é Rio Grande (1980); Grito de Bravos (1982); Rancho sem Tramela (1985); Chamamento (1986); Fandangueando (1988); Do Sul para o Brasil (1989); O Melhor de Os Monarcas (1990); Cheiro de Galpão (1991); Os Monarcas (1992); Eu Vim Aqui para Dançar (1994); Rodeio da Vida (1995); Dose Dupla Volume 1 (1996); Dose Dupla Volume 2 (1996); Os Sucessos do Grupo Os Monarcas (1996); Do Rio Grande Antigo (1997); Locomotiva Campeira (1999); No Tranco dos Monarcas (2000); 30 Anos de Estrada (2001); A Gaita Gaúcha dos Monarcas (2002); Alma de Pampa (2003); Os 16 Grandes Sucessos de Os Monarcas (2003); Só Sucessos (2004); Série Duplo Prá Você (2005); Os Sucessos do Grupo Os Monarcas (2005); Recordando o Tempo Antigo (2006); CD e DVD Os Monarcas 35 Anos – História; Música e Tradição (2006); A Marca do Rio Grande (2008); Os Monarcas Interpretam João Alberto Pretto (2009); Cantar é Coisa de Deus (2011); CD e DVD Os Monarcas 40 Anos (2012); Alma de Gaita – Interpretando João Alberto Pretto (2013); Perfil Gaúcho (2015); 45 Anos Ao Vivo e a Nova Geração (2016); e Tô Pegando a Estrada – Interpretam João Alberto Pretto (2017).
Com a liderança de Gildinho, Os Monarcas receberam ao longo de sua carreira um prêmio Açorianos, em 2001, como melhor grupo regional, e três outras indicações: como melhor disco em 2001, 2007 e 2008. O grupo também foi agraciado com o prêmio Sharp para o disco Fandangueando, em 1988; um troféu Guria, além de oito discos e dois DVD´s de ouro.
Em agosto de 2016, Gildinho passou a integrar a Academia Erechinense de Letras, com a cadeira número 31. Casado com Santa Borges Corrêa, é pai de duas filhas, a advogada Sandra e a médica Gisele.
Por Assessoria de Comunicação