A escola de Educação Básica da URI promoveu na quarta-feira à noite, no Salão de Atos, mais um encontro dentro do projeto “Família na Escola”, voltado a pais, mães, responsáveis e professores dos alunos, a partir do 5º ano. O evento teve como tema central os desafios da parentalidade no mundo atual e contou com palestra da médica psiquiatra e professora do Curso de Medicina, Mariuska Rachevski, também mãe de duas estudantes da instituição.
Na abertura, o coordenador pedagógico, Mateus Baldissera, destacou a importância de proporcionar momentos de reflexão e formação em substituição às tradicionais apresentações em sala de aula, reforçando o compromisso da escola em oferecer um ambiente saudável e de aprendizagem integral.
Desafios contemporâneos
Em sua fala, a Dra. Mariuska abordou as transformações sociais e tecnológicas que impactam a educação familiar, ressaltando a necessidade de presença, escuta e diálogo, além do equilíbrio entre limites e afeto. “Hoje, os nossos muros estão abertos. Se antes dizíamos para não falar com estranhos na rua, agora os estranhos estão dentro de casa, através das telas”, afirmou, ao tratar dos riscos e benefícios das redes sociais.
Entre os pontos discutidos, estiveram o uso consciente da internet, a pressão por padrões irreais, o aumento de casos de ansiedade e depressão entre jovens e o papel dos pais como exemplo. A palestrante destacou, ainda, as recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria sobre o tempo de exposição às telas, que varia de uma hora por dia para crianças até 5 anos e até três horas para adolescentes.
Casos e reflexões
O encontro trouxe a análise de situações fictícias, como a de um menino de 11 anos exposto a conteúdos impróprios e a de uma adolescente de 14 anos que pede para dormir na casa do namorado. Os casos serviram de ponto de partida para debates sobre limites, diálogo e proteção. “Cada família tem sua realidade, mas o essencial é conversar e acolher os sentimentos dos filhos”, destacou a médica.
Modelos parentais
A palestrante também apresentou diferentes estilos de parentalidade considerados prejudiciais, como os pais ausentes, os “helicópteros” (superprotetores), os “tigres” (altamente exigentes) e os “amiguinhos”. Para ela, o equilíbrio entre autoridade, cuidado e diálogo é fundamental. “Numa família onde há amor, limite e diálogo, construímos filhos felizes, seguros e conscientes”, reforçou.
Por: Setor de Comunicação URI Erechim