As baixas temperaturas registradas nos últimos dias na região do Alto Uruguai têm inibido a ação das abelhas que permanecem no interior de suas colmeias. O período é de entressafra e de cuidados com as caixas e com os enxames. A chegada do inverno, com dias frios, úmidos e chuvosos, faz com que a movimentação das abelhas na busca de alimentos seja reduzida bruscamente. Neste período mais crítico, a suplementação nutricional está entre os principais cuidados.
Outras práticas importantes de manejo são a troca da cera deteriorada, o controle de pragas, como traças e ácaros, a troca da rainha, já que as rainhas velhas põem poucos ovos e enfraquecem o enxame. As recomendações são do extensionista rural da Emater/RS-Ascar, engenheiro agrônomo e doutor em Agrossistemas, Vilmar Fruscalso. “Outra medida importante para proteção do frio é a utilização de barreiras físicas (uso de ripas) que reduzam a área de livre entrada das abelhas (alvado). O apicultor pode ainda, colocar uma entre tampa horizontal. Ela tem um furo central de uma polegada. Deve ser colocada entre a câmara de cria e a melgueira, fazendo com que a câmara de cria fique aquecida”, explica Fruscalso.
O extensionita rural lembra ainda que é fundamental, no período que antecede o inverno, não retirar todo o mel. Deve-se deixar em torno de oito quilos de mel por colmeia para as abelhas se alimentarem durante a estação fria, visando a manutenção dos enxames para a safra, com produção e renda para as famílias. Ele também chama atenção para a importância do monitoramento.
Na região, segundo levantamento do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Erechim, existem 844 produtores envolvidos com a atividade apícola. São 11.110 caixas, com produção em torno de 18 kg de mel/cx/ano em duas colheitas. A expectativa para a próxima safra é de 200 toneladas de mel, ficando no mesmo patamar produtivo da última safra. O quilo de mel está sendo comercializado a R$ 12,00, no atacado, e R$ 20,00 no varejo.
Não houve ocorrência de mortandade de abelhas nos últimos dias na região do Alto Uruguai. Uma das principais causas de mortes das abelhas é o uso defensivos agrícolas, além de frio, de doenças e pragas, principalmente ácaros e traças.
A atividade apícola é uma das ações de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters) realizada pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) do Governo do Estado.
Por Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar – Regional de Erechim