Operação apreende sementes piratas e agrotóxico com uso proibido no Rio Grande do Sul

Foram emitidos 40 termos de fiscalização no comércio e 26 autos de infrações, entre outros

Uma ação realizada por 17 fiscais estaduais agropecuários e técnicos agrícolas da Seapdr (Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural), entre 21 e 25 de junho, apreendeu 111 toneladas de semente de trigo sem procedência e 4.850 litros de agrotóxicos impróprios para uso e comércio.

Desse volume, 1.160 litros eram de produtos à base de Paraquate, herbicida proibido de ser aplicado, comercializado e fabricado no Brasil desde setembro de 2020. Expirou em maio deste ano o prazo para produtores usarem os estoques remanescentes desse pesticida.

Ao todo, foram efetuadas cerca de 40 fiscalizações entre comércio, propriedades rurais e responsáveis técnicos, na região norte do RS, englobando Palmeira das Missões, Nonoai, Frederico Westphalen, Liberato Salzano, Constantina, Boa Vista das Missões e Seberi.

O chefe da Divisão de Insumos e Serviços Agropecuários, da Seapdr, Rafael Friedrich de Lima, explica que a região alvo da ação vinha sendo monitorada. “O principal objetivo da operação foi justamente coibir a ilegalidade no uso de agrotóxicos vencidos e proibidos, com alteração de lote e de validade, além de impedir que o produtor rural seja vítima de produtos sem qualidade, como as sementes piratas que foram identificadas e que seriam comercializadas”, destaca Lima.

Entre as irregularidades envolvendo agrotóxicos, os servidores identificaram produtos vencidos, com data e lotes apagados e armazenados em locais sem licença ambiental. Lima relata que durante a fiscalização a equipe recebeu outras denúncias que ainda serão apuradas, como contrabando de agrotóxicos a base de Paraquate vindos da Argentina e comércio de sementes/grãos com a emissão de notas frias para acesso à financiamento agrícola.

Foram emitidos 40 termos de fiscalização no comércio, 26 autos de infrações para o comércio, oito autos de infração para profissionais e dois termos de fiscalização a produtor rural.

 

Fonte: O Sul