Certo dia, um avô recebeu seu pequeno neto para um passeio e decidiu mostrar-lhe novos horizontes. O avô levou o neto para escalar um alto monte, que ficava retirado da zona urbana. Ao chegar ao pico do monte, a visão da paisagem era deslumbrante. O menino de cinco anos ficou maravilhado. Então, enquanto seu avô se retirou para ir buscar alguns gravetos para acender uma fogueira, o menino ergueu-se e gritou: “vovô, este lugar é lindo!” Para sua surpresa, o menino escutou um som vindo do meio dos montes: “vovô, este lugar é lindo!” Imediatamente, o menino perguntou: “quem está aí?” E, ouviu: “quem está aí?” Indignado, o menino começou a xingar e disse: “seu tolo, porque você não aparece? Você é um covarde! Não gosto de você”.
Depois de um tempo, quando o avô retornou, o menino correu até ele e disse: “vovô, daquele outro lado, há um menino que imita tudo o que eu falo. Ele não quis aparecer, e ainda me chamou de tolo, de covarde, e disse que não gosta de mim!” O avô, rindo, sentou-se e disse: “você já experimentou dizer a este menino que ele é legal, que você gosta dele, que ele é valente e que você gostaria muito de o conhecer?” O neto disse que não havia ainda experimentado dizer essas coisas e começou a falar tudo o que o avô havia sugerido. Então, o menino ficou feliz, porque agora ouvia o outro menino também o elogiar. Nesse momento, o avô disse: “meu neto, o que você acabou de descobrir foi o eco. Mas, a lição que você acabou de aprender é que tudo o que você falar voltará para você”. As palavras são como sementes, que, quando semeadas, caem no solo do coração das pessoas, brotam, crescem e produzem muitos frutos. Se você plantar o que é bom para o outro, também colherá o que é bom.
Há uma passagem na Bíblia que está escrito: “a morte e a vida estão no poder da língua”. Precisamos ser prudentes com o uso de nossas palavras. Não podemos abrir a boca e falar o que bem entendemos. É necessário ter muita prudência para falar somente o que edifica e não causar danos a nós mesmos e a aos outros. Neste dia, lembre que a morte e a vida estão no poder da língua. Seja prudente ao falar. Diga somente palavras que ergam as pessoas. Anime as pessoas com suas palavras, falando somente o que edifica a sua vida e a dos outros.
Por Eriberto Nespolo