“O Desenrola Brasil vai resolver a vida de muitas pessoas”, diz Tulio Lichtenstein

No início desta semana, o governo encaminhou para publicação a medida provisória do “Desenrola Brasil”, programa que vai possibilitar a renegociação de dívidas. E este, foi o tema central do TL News desta quarta-feira (7), com o comentarista econômico, Tulio Lichtenstein.

O mesmo deverá beneficiar até 70 milhões de pessoas. “Meu feedback é positivo para o programa, vejo como uma boa medida. Uma forma que o governo está encontrando de resolver a vida de muitas pessoas que por algum motivo, seja o desemprego, alto custo de vida, dos produtos, acabou não conseguindo dar conta do seus compromissos financeiros e acabou ficando com seu nome negativado”, disse Lichtenstein

Com o objetivo de combater a inadimplência no país e ajudar os brasileiros endividados, o programa é voltado para pessoas físicas e contempla duas faixas de benefícios. “R$11 até R$15 milhões serão colocados à disposição das instituições e empresas que aderirem ao programa. Irá acontecer em duas fases e espera-se o início para julho, através de uma plataforma digital”, comentou.

O comentarista ainda exemplificou como será o funcionamento do programa. “Na faixa um poderão ser renegociadas dívidas de consumo, como água, luz e telefone, dívidas do varejo e dívidas bancárias que tenham sido objeto de negativação até 31 de dezembro de 2022. Poderão negociar tais dívidas as pessoas que recebem até dois salários mínimos ou que estejam inscritos no CadÚnico. Neste caso, os valores de negativação não podem ultrapassar os R$ 5 mil”.

Há também a faixa dois, destinada somente às pessoas com dívidas com bancos. “Neste caso, a renegociação é de forma direta, não há limite de renda. Sendo assim, as operações neste caso não terão a garantia do Tesouro Nacional”, enalteceu Lichtenstein.

A meta do governo é estimular a competitividade entre os credores, já que o devedor terá liberdade para escolher a instituição cadastrada na plataforma desenvolvida pela Fazenda para a quitação do débito. O resultado consequentemente, será melhores ofertas aos endividados.

 

 

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