Essa história de que no Brasil estamos vivendo numa plena democracia não é bem assim. Em parte até pode ser verdadeira, mas isso quando se fala em eleger o presidente da república, governadores, prefeitos, vereadores, entre outras situações, mas quando se trata de eleição para deputado federal e senado, aí nos damos conta de que estamos numa verdadeira ditadura congressista.
Temos as emendas parlamentares, que não deixam de ser uma compra de votos disfarçada para que os atuais deputados se mantenham no poder com dinheiro público, e para a eleição deste ano estão proibidos os financiamentos das campanhas através de empresas privadas, mas foi criado o Fundo Partidário, que nada mais é do que o uso do dinheiro público nas campanhas. Neste caso, os deputados que já detêm o mandato, reservaram a maioria dos recursos para se manter no poder.
Cada deputado que já está no cargo vai receber aproximadamente R$ 1.500.000,00 para fazer sua campanha, enquanto os novos candidatos, que poderiam renovar o Congresso e a Assembleia Legislativa, vão receber aproximadamente, R$ 50 mil cada um.
Vejo que parte dos deputados que já estão no poder, se dizem contra a ditadura na Venezuela, onde a população está impedida de escolher livremente seus representantes, devido a manobras com Leis que buscam manter o presidente no poder. Então pergunto: Qual a diferença das manobras do presidente Maduro na Venezuela e as do Congresso Brasileiro, onde os deputados já eleitos criam suas próprias Leis para continuar no poder, e isso com o dinheiro público? Ainda há tempo para mudar essa ditadura branca no Congresso Nacional.
Por Egidio Lazzarotto