Ordenado presbítero sexta-feira à noite, dia 20, na Catedral São José, pelo agora Bispo de Caxias do Sul, Dom José Gislon, antes Bispo da Diocese de Erexim, Pe. Felipe Fioravante Filippini presidiu sua primeira missa festiva na comunidade Cristo Rei, da Paróquia da Catedral, na manhã deste quarto domingo de setembro, mês da Bíblia para a Igreja Católica no Brasil.
Acompanhado por 9 padres e um diácono, Pe Felipe irradiava alegria e felicidade por presidir a primeira missa junto aos seus familiares, aos membros da comunidade que o viu crescer, a amigos de outras comunidades, especialmente as caravanas das Paróquias São Cristóvão de Erexim e Imaculada Conceição de Getúlio Vargas, nas quais realizou trabalhos pastorais como seminarista e como diácono.
Seguindo a liturgia do domingo, o novo padre, em sua homilia, refletiu sobre os compromissos sociais do cristão. As leituras da missa que assim o inspiraram eram do profeta Amós, condenando duramente a exploração dos pobres pelos que detinham o poder político e econômico; de São Paulo a Timóteo exortando-o a motivar orações por todas as pessoas, pelos governantes para que haja vida tranquila e serena; do evangelho no qual Cristo conta a parábola do administrador infiel, que, na iminência de ser despedido de sua função, usa do dinheiro para angariar amigos que o pudessem socorrer quando demitido de sua função. Na conclusão deste evangelho, Cristo adverte de que não se pode servir a Deus e ao dinheiro. Pe. Felipe observou que nesses textos bíblicos há clara referência à política, entendida como ordenamento das relações sociais e como expressão eminente da caridade. Destacou a figura de Amós, um agricultor chamado por Deus a profetizar numa realidade de um povo sofrido e oprimido, ao lado do qual se colocou. Isto motivou Pe. Felipe a convidar a cada um a se perguntar como se relaciona com os pobres, com as crianças famintas, os idosos abandonados e outros grupos de excluídos da sociedade. Uma política segundo Deus os tira da miséria e promove sua dignidade. A Igreja estimula os leigos e leigas a assumirem esta dimensão política da fé. Para ele, não se pode dizer que se ama a Deus se se oprime os mais vulneráveis da sociedade. A ganância pelo dinheiro e tudo o que representa pode levar, na prática, a mudar o primeiro mandamento e deixar Deus em segundo ou em último lugar. Concluiu convidando a todos a guardar três aspectos: a relação com os vulneráveis deve ser semelhante à de Deus que tem por eles um amor preferencial; não se pode endeusar o dinheiro, cuja boa administração depende da fidelidade a Deus; a política em sentido maior deve ser assumida por todos a partir do amor a Deus.
No final da Celebração, Pe. Alvise Follador, Pároco da Catedral, apresentou os cumprimentos de todos ao novo padre, a seus familiares e à sua comunidade de origem. Agradeceu à Equipe de Pastoral Vocacional e colaboradores pela preparação da ordenação nas comunidades da Paróquia. Idamir Picolli, pela comunidade, informou que no salão havia local para a doação em favor das vocações e que o retorno da festa seria destinado à mesma finalidade. Acentuou a necessidade da oração para se ter mais padres e que a formação deles começa na família e na comunidade. Convidou o primeiro ministro da comunidade, Pedrinho Farina, a entregar uma lembrança ao novo padre.
Por fim, Pe. Felipe manifestou seus agradecimentos à família, à comunidade, a todos os presentes e sobre eles fez a solene invocação da bênção final da celebração.
Concluída a missa, todos se dirigiram ao salão comunitário para o almoço de confraternização, preparado por algumas pessoas do local e por uma equipe de voluntários da sede paroquial São Cristóvão, entre os quais o Pároco e o Vigário Paroquial, respectivamente, Pe. Anderson Faenello e Pe. Edegar Passaglia. Mesmo com 500 participantes, todos puderam servir-se bem e rapidamente, graças à eficiência dos organizadores.