O Plenário da Câmara Municipal de Vereadores foi, nesta quinta a tarde, o centro das atenções na política local, oportunidade em que a nova Mesa Diretora que estará à frente dos trabalhos no ano de 2018 tomou posse com a presença de familiares, autoridades e comunidade que lotou as dependências.
Tomaram posse Rafael Ayub (PMDB) como Presidente, Ilgue Rossetto (PV) como vice presidente, Ale Dal Zotto (PSB) na Primeira Secretaria e Sandra Picoli (PC do B) na Segunda Secretaria.
Em sua manifestação, Ale Dal Zotto relembrou os feitos deste ano, como enalteceu todas as parcerias mantidas e as que foram feitas, como os resultados obtidos em todas as ações da Presidência, como da Mesa Diretora e demais vereadores da Casa.
“Um dia de despedida e de agradecimento a cada um pela amizade, disponibilidade, garra de trabalhar e, principalmente, pela compreensão de todos que fazem, hoje, parte desta grande família que é o Poder Legislativo”.
“Um ano em que andamos lado a lado com pessoas das mais diferentes entidades, instituições, Poderes Públicos, associações, departamentos, sindicatos, vereadores de toda a região, prefeitos, Governos Municipal e Estadual e, acima de todos, com o ser maior que comanda a todos nós, Deus Pai todo Poderoso”.
Ale lembrou que a Câmara de Erechim é referência e escola para outros municípios. “Pensamos longe, pensamos em desenvolvimento regional”.
Em sua manifestação, Rafael Ayub agradeceu a sua família, aos eleitores, e ao seu partido o PMDB, pela oportunidade de estar vereador e ser possível ser presidente da Casa Legislativa. “Município que tão bem me acolheu”.
“A política é exercida no dia-dia por todo cidadão. Porém, há muito tempo as decisões acerca das medidas sociais e de manutenção do Estado, deixaram de ser exercidas diretamente pelos cidadãos, passando a ser de competência de representantes eleitos para tanto. Neste contexto há de se questionar como os legisladores eleitos podem de fato defender os interesses da sociedade, pois cabe a eles estabelecer as regras vigentes em um território -. Afinal são inúmeros os interesses dos cidadãos, ainda mais em um país com população tão volumosa como o nosso”.
Ayub destacou que é preciso que os Legisladores se conscientizem que eles representam a sociedade e ela não se restringe a um grupo, “pelo contrário, é composta de diversos grupos. Em uma democracia a maioria governa, mas todos merecem e devem ser ouvidos”.
“Neste ponto, normalmente em discursos, frisa-se na origem do próprio Parlamento, local de “parlar” (falar/conversar) e muitos exaltam que as Casas Legislativas são a Casa do Povo. De fato, realmente assim deve ser: as Casas Legislativas devem ser locais onde há diálogo. Local onde, diante de uma questão controversa, objeto de projeto de lei, é necessário que se busque escutar da forma mais eficiente possível todos os setores que serão atingidos ou possuem interesse na questão em debate”.
Na política, ressalta, inexiste a possibilidade de se alcançar qualquer objetivo legítimo sem diálogo. “A ausência de diálogo e de participação da sociedade, descaracteriza a própria razão de ser da Representação Política. O diálogo com a sociedade deve sempre ser mantido, a participação da população e o esclarecimento desta sobre o real teor das proposituras não devem ser restritos aos momentos mais impactantes da história do país”.
“No entanto, infelizmente, na prática isto não ocorre, embora previstos na Constituição, plebiscito e referendo continuam sendo instrumentos praticamente em desuso e poucas vezes a população realmente é ouvida de fato. As alternativas adotadas tanto pelo Congresso como pelas demais Casas de Leis – Assembleias e Câmaras – tem sido a realização de Audiências Públicas”.
“Resta claro a necessidade, verdadeira missão do Legislador, de promover o real diálogo para com a sociedade, analisando-se a fundo as propostas, esclarecendo e ouvindo a população; e não simplesmente montando uma “encenação” para que formalmente conste na tramitação de Projetos que houveram audiências públicas, mas ao final aprovando textos totalmente diferentes do discutido ou que a população desconhece.
O Legislativo, garante, não deveria ser lugar para extremismos, nem para posicionamentos impulsivos. “O diálogo e a ponderação dos argumentos, dos prós e contras, enriquecem a formulação da legislação, auxiliando na busca pela composição de interesses, valorizando e legitimando ainda mais a atividade parlamentar”.
“A proximidade do político com a população não pode ser restrita às eleições, nem tampouco restrita a própria base eleitoral. Para o Legislativo ser a voz do povo, antes de mais nada, deve abrir as portas para a população e lhe dar ouvido. A solução dos problemas não esta no governo ou nas politicas e sim nas pessoas”.
Foto: Nova Mesa nos trabalhos da Casa