Com a presença de representantes dos poderes Legislativo e Executivo na esfera federal, a Federação Varejista do RS e a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) apresentaram, em Brasília, a quarta edição da cartilha Mulheres que Constroem o Varejo, nesta terça-feira, dia 11. O documento foi saudado por lideranças, na Biblioteca do Senado, como uma importante ferramenta de incentivo para a promoção da igualdade de gênero, do incentivo ao empreendedorismo feminino e da valorização da mulher na sociedade. A Federação Varejista esteve representada pelo vice-presidente, Marcos Carbone, e pela coordenadora da CDL Mulher do RS, Débora Balbinotti Lunardi.
A coordenadora da CDL Mulher, Lucia Leijoto, lembrou que a parceria entre as instituições privada e política já dura quatro anos e tem apontado importantes direcionamentos para o empreendedorismo feminino. “São caminhos para a transformação, reconstrução, mudança de conceito e busca por um futuro sustentável para as próximas gerações, em direção às necessidades do nosso tempo, em que o protagonismo das mulheres precisa ser mais respeitado”, comentou Lucia. Em seu discurso durante o lançamento da cartilha, a senadora Zenaida Maia (PSD), procuradora especial da Mulher no Senado, destacou as necessidades de mudança para ampliar o empoderamento feminino na sociedade. “Precisamos incluir a vida das mulheres no orçamento deste país, e isso significa estar incluindo sua defesa, sua segurança e sua educação para mostrar que ela pode, sim, estar onde ela quer, como mostra essa cartilha”, disse.
Nesse sentido, a ministra interina do Ministério das Mulheres, Maria Helena Guarezi, convocou a necessidade da presença masculina para o progresso das pautas femininas. “Não podemos avançar na pra nenhuma questão das mulheres se os homens naõ participarem desse processo”, opinou. Ela também destacou a forte ligação dos negócios liderados por mulheres com as práticas de ESG evidenciadas pelo documento. “Nove entre 10 empreendedoras femininas adotam práticas que visam à sustentabilidade ambiental; quatro entre cinco mulheres empreendedoras adotam práticas de sustentabilidade social. Portanto, investir no empreendedorismo feminino vai além de uma demanda por justiça social, significa apostar em inovação, sustentabilidade e crescimento econômico”, avaliou a ministra.
A deputada federal Any Ortiz (Cidadania), presidente da Frente Parlamentar pela Mulher Empreendedora, ressaltou que a cartilha é um chamado para a ação das mulheres para seguir construindo um varejo mais inovador, inclusivo e responsável. “Sabemos que temos desafios significativos, mas representamos uma força transformadora na economia. Essa cartilha é fundamental para dar visibilidade às mulheres que inovam, geram empregos e fazem a diferença em suas comunidades”, destacou. O presidente da CNDL, José César da Costa, reforçou o compromisso da entidade para impulsionar o empreendedorismo feminino. “As mulheres lideram as transformações ligadas à sustentabilidade social, econômica e de governança, convergindo para um futuro melhor. Esse documento inspirada ainda mais para o protagonismo delas na sociedade, desenvolvendo suas comunidades”, enalteceu.
Segundo o Sebrae, o Brasil, tinha 10,11 milhões de mulheres à frente dos negócios em 2023, representando 34% do total de empreendedores no país. Além disso, 54,6% das pessoas que pretendem empreender nos próximos três anos são mulheres.