O documento já é emitido em 12 estados. São eles: Acre, Alagoas, Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Ele utiliza o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) como número de identificação do cidadão nos bancos de dados de serviços públicos.
Conforme proposta do governo, o programa deverá aumentar a integração para a implantação da CIN e todos os estados até novembro deste ano.
“A troca pelo novo modelo é gratuita e ainda simplifica a identificação dos brasileiros, reduzindo a burocracia e ampliando a segurança, já que o número do CPF é único e válido em todo o Brasil”, salienta o secretário de Governo Digital do MGI, Rogério Mascarenhas.
Cadastro único
Emitir a CIN é importante porque trata-se de um documento seguro que diminui a quantidade de fraudes. Antes, era possível que uma mesma pessoa tivesse um número de RG por estado, além do CPF. Com a CIN, o cidadão passa a ter apenas um número de identificação, além do formato digital, que fica disponível no aplicativo Gov.br.
Entre as funcionalidades, a nova carteira apresenta ainda um QR Code que permite verificar a autenticidade do documento, bem como saber se foi furtado ou extraviado, por meio de qualquer smartphone.
Como baixar
A partir do recebimento do documento impresso, as pessoas já podem acessar o aplicativo do Gov.br, disponível na loja do telefone, para baixar a CIN em formato digital. O processo é similar ao que já ocorre com a CNH.
– Após o login no Gov.br, aparece o ícone ‘Carteira de documentos’ na tela inicial;
– Clique no botão ‘+’;
– Escolha ‘Carteira de Identidade’;
– Em seguida, em “Adicionar Documento’ para ter acesso à CIN Digital;
– Emissão no Rio de Janeiro.
O uso da plataforma blockchain b-Cadastros aumenta a segurança da nova identidade digital. Ao adotar a plataforma de blockchain, a troca de informações e a atualização da situação do CPF na nova identidade se tornam mais rápidas e eficientes, garantindo maior segurança e confiabilidade para os usuários.
“A tecnologia blockchain desempenha um papel fundamental na proteção dos dados pessoais e na prevenção de fraudes, contribuindo para o avanço do projeto da Carteira de Identidade Nacional e para uma experiência digital mais segura para os cidadãos brasileiros, entre outras vantagens”, detalhou o presidente do Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), Alexandre Amorim.
Segundo ele, aplicações que utilizam blockchain podem contar com vantagens como a imutabilidade dos dados, já que é praticamente impossível alterar ou falsificar os dados registrados em uma rede blockchain. Isso torna o processo de verificação da identidade mais confiável e seguro.
Outra vantagem é a descentralização, pois a tecnologia blockchain é distribuída em várias máquinas e nós da rede, o que reduz a vulnerabilidade a ataques cibernéticos. “Ao descentralizar o armazenamento dos dados, torna-se mais difícil para invasores comprometerem a segurança do sistema. Ganhamos também mais transparência, já que a tecnologia permite rastrear todas as transações e atividades realizadas na rede, sendo possível verificar a autenticidade e a integridade dos dados, aumentando a confiança dos usuários no sistema”, enumerou Amorim.