Neste 30 de abril, que se comemora os 105 anos emancipação política de Erechim temos que comemorar os grandes avanços econômicos e sociais de nosso município. Há 40 anos, cheguei em Erechim e fui trabalhar na enfermagem no Hospital da Caridade. No meu primeiro dia de plantão levei um susto quando fui até o posto 5, que ficava no porão daquela casa de saúde, onde as pessoas que tinham INSS eram tratadas. Uma verdadeira desumanidade, até porque o INSS pagava muito pouco e a instituição tirava recursos dos convênios e de particulares para suprir o prejuízo do posto 5. Além do mais, não havia UTI e no plantão só eram atendidos os pacientes com extrema emergência. Naquela época não havia UBS nos bairros e quem precisava de atendimento médico ou consulta tinha que se deslocar até o porão na atual sede do INSS.
Hoje temos três bons hospitais em nossa cidade, com pronto socorro e atendimento praticamente 24 horas. Uma rede básica de saúde muito boa e que não precisa ir até o centro para ter atendimento médico. Em cada região da cidade existe uma UBS. E sem contar que o município tem um curso de medicina que a partir de agora terá vários estagiários e profissionais atendendo na rede básica de saúde.
Há 40 anos, um pai que precisava de uma vaga para os seus filhos estudar nas escolas públicas, tinha que dormir na fila. Sem contar que não havia creches ou escolinhas públicas. As mães não podiam trabalhar porque tinham que cuidar dos filhos pequenos e não tinham com quem deixar. Hoje, praticamente este problema está resolvido e tem vaga para todos e os pais não precisam ficar na fila porque podem fazer a inscrição de casa através do aplicativo. Sem contar que hoje só não estuda em escola pública quem não quer, todos tem acesso a um curso técnico ou superior gratuitamente ou com bolsa da própria URI.
Quem não lembra das longas filas na frente das empresas em busca de um trabalho? Naquela época não havia seguro-desemprego e nem bolsa família. Hoje, Erechim está importando mão de obra de outras cidades e até de outros países.
Quem não lembra da falta de moradia, aonde uma ou duas famílias moravam juntas no mesmo porão insalubre. Hoje ainda temos falta de moradia, mas já a avançamos muito e praticamente este problema foi solucionado e não se vê mais pai de família correndo atrás de um local para morar. Nos últimos anos foram construídas mais de 13 mil casas na nossa cidade e valor dos terrenos caiu muito.