Seguidamente os grupos de Bombeiros Voluntários da região mostram sua importância e valor ao intervir em ocorrências que possivelmente se transformariam em tragédias maiores se dependessem apenas do atendimento dos órgãos oficiais, devido unicamente à distância entre as cidades que possuem serviços de atendimento de emergência, como Samu e Bombeiros Militares, por exemplo, e as, em maior número, que não possuem.
Um dos exemplos ocorreu na última terça-feira (06), quando incêndio atingiu um galpão, cercado de outras residências e construções, na área central de Ponte Preta. O primeiro combate às chamas foi dado pelos próprios populares, até a chegada dos Bombeiros Voluntários de Jacutinga (distante 10,3 km de Ponte Preta), que devido ao risco de o fogo se propagar para outros locais, solicitaram o apoio dos Bombeiros Voluntários de Campinas do Sul (distante 20,6 km de Ponte Preta). Enquanto isso, Bombeiros Voluntários de São Valentim (distante 20,5 km de Ponte Preta) e uma guarnição do Corpo de Bombeiros Militar de Erechim (distante 25,8 km de Ponte Preta) se deslocavam para o município. Então surgem as perguntas: o que poderia acontecer se não houvesse a força voluntária de Jacutinga? Teriam os populares conseguido controlar as chamas? Haveria tempo de as outras guarnições chegarem antes que as chamas se espalhassem pela quadra?
Outros exemplos
Outros exemplos acontecem com frequência em alagamentos, quedas de árvores e principalmente, em acidentes de trânsito, quando as vítimas recebem os primeiros socorros dos voluntários, enquanto aguardam a chegada de ambulâncias de municípios mais distantes. Muitas vezes também sinalizam o trânsito, enquanto policiais rodoviários se deslocam.
Enquanto algumas administrações municipais já entenderam a importância dos voluntários em suas cidades e até se unem para fortalecê-los, outras ainda os ignoram, preferem não repassar verbas e as entidades lutam para permanecer de portas abertas promovendo ações entre amigos, jantares e outros meios que envolvam as comunidades atendidas por eles.
Por Alan Dias