O Apoio da Equipe de Mergulho de Porto Alegre do Corpo de Bombeiros atuou, na tarde deste sábado (31), nas buscas pelo menino de 7 anos que foi morto e jogado no Rio Tramandaí, em Imbé, no Litoral Norte do RS. A mãe da criança, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, de 26 anos, confessou o crime e foi presa, na sexta (30). A defesa da mulher informa que só se manifestará em juízo.
Os bombeiros acreditam que o corpo possa estar no mar, uma vez que a vazante e o volume da água foram muito fortes. Alertas para embarcações foram disparadas, para que fiquem atentos a algum sinal do corpo do garoto no mar.
As equipes devem retomar as buscas no domingo (1), e se a água clarear, vão solicitar apoio aéreo.
Segundo a Polícia Civil, a mulher teria dado remédios para criança, que vivia sob intensa tortura física e psicológica, conforme relatou ao ser presa.
O advogado de defesa de Yasmin e da companheira dela, Bruno Vasconcellos, informou que só vai se manifestar nos autos do processo.
Mãe foi presa e encaminhada ao Presídio de Torres nesta sexta (30) — Foto: Jonas Campos/RBS TV
Como a polícia descobriu o caso
De acordo com a Brigada Militar e a Polícia Civil, a mulher teria ido até a Delegacia de Polícia de Tramandaí na noite de quinta-feira (29) para registrar que o filho estava desaparecido há dois dias, em Imbé.
“Ao anoitecer de ontem [quinta], a mãe dessa criança, com a sua companheira, procurou a DPPA de Tramandaí, afim de registrar uma ocorrência policial de desaparecimento de seu filho. Alegou que o filho havia desaparecido há dois dias e que ainda não havia procurado a polícia porque pesquisou no Google e viu que teria que aguardar 48h. E começou a apresentar uma série de contradições, o que levou desconfiança da BM e PC”, diz o delegado Antonio Carlos Ractz.
Após o registro foram feitas buscas na casa da suspeita. No local, a polícia encontrou uma mala que teria sido usada para transportar o corpo do menino até o local onde ele foi jogado, no Rio Tramandaí, no limite entre Tramandaí e Imbé.
Segundo Ractz, Yasmin informou que na noite do crime, quarta-feira (28), administrou medicamentos para a criança, e não tendo convicção de que estava morta, decidiu ocultar o corpo.
“Para fugir, com medo da polícia, saiu de casa, pegando ruas de dentro, não as avenidas principais, levou a criança dentro de uma mala na beira do rio, e jogou o corpo. Repito, ela não tem convicção de que o filho estava morto”, afirma o delegado.
A mulher foi autuada em flagrante por homicídio qualificado, com agravante por ocultação de cadáver. Ainda na tarde de sexta, teve a prisão convertida para preventiva. De acordo com a polícia, a situação da companheira está sendo analisada porque ela seria autista.
Fonte: G1/RS