Pregando a construção de um modelo de pacificação política no País, o governador gaúcho Eduardo Leite lançou nesta terça-feira (21), em Brasília, a sua campanha para as prévias presidenciais do PSDB. Ele tem como principal adversário na disputa interna do partido o governador de São Paulo, João Doria.
Não sou candidato a mito ou a salvador da pátria. Sou candidato a liderar a enorme potencialidade deste País, com sua gente e suas inúmeras riquezas, para que ele volte a ser aquilo que todos nós, em nossos corações, sabemos que ele pode ser”, afirmou Leite.
Segundo ele, a má condução política feita pelo PT, “especialmente pelo ex-presidente Lula”, teria permitido espaço para que o presidente Jair Bolsonaro ascendesse politicamente.
A verdade é que, na minha análise, Bolsonaro é também resultado de uma política feita pelo PT”, declarou.
“É hora de superar a política do ‘uns contra os outros’ e partir para o todos contra os problemas do Brasil”, afirmou. “O Brasil precisa de alternativas novas. Está na hora de olhar para o futuro com olhos de futuro. Não é sobre o País que está aí e nem sobre o País que já foi, e sim sobre o Brasil que podemos ser. Um País que os jovens se orgulhem e não queiram ir embora. E onde os mais velhos tenham confiança que irão ver o Brasil dar certo”, acrescentou o governador.
Leite também minimizou as pesquisas eleitorais. “O segundo turno à Presidência não será entre Lula ou Bolsonaro. Neste momento, as pessoas não estão preocupadas com eleição, mas com vacina e problemas como a inflação. Com os debates, a população conhecerá os outros candidatos. É prematuro tirar qualquer conclusão das pesquisas agora. Se olhar um ano antes da minha eleição, eu não estaria nem no segundo turno no Rio Grande do Sul”, declarou.
Além de Leite e Doria, se inscreveram nas prévias do PSDB o senador Tasso Jereissati (CE) e o ex-senador e ex-prefeito de Manaus (AM) Arthur Virgílio.