John Deere demite quase 300 funcionários em Horizontina

Os postos representam 13,8% do quadro de funcionários que até então era de 2.140, conforme o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Horizontina e Região, Jorge Luís Ramos. Eles estão ligados ao setor de produção de colheitadeiras, como solda, pintura, montagem, estamparia e almoxarifado.

O motivo dos desligamentos, segundo o sindicato, foi um ajuste no volume de produção da indústria. Conforme o representante da categoria, a empresa foi impactada durante a pandemia pela falta de componentes para montagem dos equipamentos.

Com isso, a empresa chegou a ter 800 máquinas colheitadeiras paradas no pátio, por falta de peças. Em 2021 e 2022, foram contratados mais de mil trabalhadores para atender essa demanda de recuperação de máquinas. Mas a empresa mudou o conceito, antes eles não trabalhavam com estoque, depois passaram a trabalhar. Então, ano passado, em novembro até abril desse ano, a John Deere bateu o recorde de produção.

Após a pandemia, a empresa chegou a montar 23 unidades de colhedoras de grãos ao dia. Porém, depois de abril deste ano, a produção baixou para 18, depois para 16, e agora em novo ajuste ficará em 12 colheitadeiras por dia.

Entre os desligados estão 60 funcionários efetivos com mais de três anos de empresa, 70 efetivos com menos de três anos, sete trabalhadores aposentados e 160 contratos temporários.

O que diz a John Deere

Em nota, a empresa afirma que: “A John Deere informa que realizou ajustes no quadro de funcionários de sua fábrica em Horizontina (RS), havendo redução de 297 contratos de trabalho.

Sempre prezando pelo respeito e pela transparência em suas relações, a empresa informa que a questão foi discutida com o Sindicato dos Metalúrgicos de Horizontina e Região.