Irmã Joanna completa 80 anos de vida dedicados à saúde e à fé

Tudo na Irmã Joanna Zanandrea parece transmitir paz e serenidade, desde a maneira cortês de se dirigir às pessoas até o caminhar estudado que corta os corredores do Hospital de Caridade de Erechim há quase 17 anos, onde atua como coordenadora da Pastoral da Saúde.

De 2002 para cá, esta filha de Paraí que se criou em Benjamin Constant do Sul, distribui sorrisos e mensagens de fé a todos com quem compartilha seus momentos no HC.

Ao completar 80 anos, no último dia 18 de julho, Irmã Joanna segue um itinerário de visitas regrado e extenso. E, detalhe: ela não pensa em parar tão cedo.

“Trabalhar em hospital é tudo para mim. Hoje, realizo mais de mil visitas a pacientes por mês e o amor e carinho que tento passar aos doentes é revigorante, pois acabo recebendo em dobro aquilo que dou, seja na forma de agradecimentos, sorrisos ou amizades que ficam. Sem dúvida, é isso o que me segura aqui”, confessa ela que tem 60 anos de vida religiosa e formação como auxiliar de enfermagem, qualificação que ajuda no trabalho.

Além da rotina de visitas diárias aos quartos, Irmã Joanna é responsável por organizar a missa semanal das quartas-feiras, coordenar o trabalho de visitações das ministras da eucaristia (realizadas nas quartas e sábados, a cada 15 dias), bem como manter o Oratório em condições de atender 24 horas por dia.

Para a responsável pela gerência assistencial do HC, Taís Neis, o trabalho da Irmã dialoga de forma direta com o compromisso do Hospital, que é o de cuidar das pessoas em sua plenitude. “O suporte espiritual da Irmã Joanna, bem como do Padre e dos demais membros da Pastoral da Saúde, é fundamental para que consigamos ir além do serviço técnico. E isso, em muitas situações, faz toda a diferença”, analisa Taís.

É o caso de pacientes como Samara Teixeira, de 25 anos – que vê na presença da Irmã uma voz que traz alento, reflexão e esperança. “Gosto do trabalho dela, pois fala com carinho e sempre olhando no olho. Precisamos disso”, completa a jovem que, depois de dois meses de internação, espera ter alta no fim de semana.