O IPE Saúde publicou as normativas que alteram o modelo de remuneração dos hospitais credenciados ao sistema e criam a recategorização dos hospitais. A mudança deverá reajustar taxas, diárias e serviços em até 90%, conforme comunicado divulgado nesta quinta-feira.
Segundo a nota oficial, a “metodologia se baseia na premissa de remuneração dos serviços e no ressarcimento de medicamentos e insumos, tornando mais assertiva a apuração do gasto e a previsibilidade no pagamento das contas”. O projeto foi desenvolvido com apoio de uma consultoria especializada e apresenta como principal mudança o reajuste dos valores de diárias hospitalares, taxas e serviços. O aumento de até 90% atende a uma reivindicação antiga dos hospitais credenciados ao IPE Saúde. Além disso, foi realizada a compactação dos códigos de diárias e taxas – que passaram de 172 para 35 códigos –, facilitando o envio das contas pelos hospitais e a auditoria por parte do instituto.
Outra adequação realizada diz respeito ao valor de medicamentos, dietas e materiais reembolsáveis. A revisão decorre dos registros feitos pela Cage e pelo MPRS – que indicaram necessidade de ajustes. A partir de 1º de março, os medicamentos e as dietas serão remunerados pelo valor de mercado do princípio ativo, e não mais pela marca do laboratório. A precificação de medicamentos e dietas foi baseada na Lista de Preços de Mercado (LPM), já utilizada por outras operadoras de saúde, e contou com o apoio de consultoria externa especializada.
“As melhorias conferem previsibilidade na relação com os prestadores e possibilita uma remuneração melhor ao serviço oferecido por eles”, destacou o presidente do IPE Saúde, Paulo Afonso Oppermann. O IPE Saúde, além de informar previamente seus prestadores, manteve por mais de três meses uma agenda com os hospitais considerados estratégicos, bem como com representantes das federações do mesmo segmento.
Ainda seguindo recomendação dos órgãos de controle, o IPE Saúde realizou a recategorização de todos os hospitais que compõem a rede credenciada. “A nova classificação foi desenvolvida a partir de oito critérios objetivos referentes à assistência ao IPE Saúde: número de leitos; disponibilidade de serviços de urgência e emergência; complexidade dos serviços de Unidade de Terapia Intensiva (UTI); nível de acreditação; número de serviços ofertados; volume de pacientes atendidos; adesão a convênio global; e referência regional.”
Os hospitais ficarão divididos em seis grupos: A1, A2, A3, A4, B1 e B2. A categorização reflete no valor pago a título de diárias, taxas e serviços de cada entidade.
Fonte: Correio do Povo