II Fórum de Debates do Hospital de Caridade de Erechim versou sobre a saúde física e emocional da mulher

Cinco profissionais abordaram temas atuais como assédio sexual e moral, nutrição, fases da vida e a legislação para crimes de violência contra a mulher

Para comemorar o Dia Internacional da Mulher, o Hospital de Caridade de Erechim realizou, na tarde de 8 de março, o II Fórum de Debates com o tema “Saúde da Mulher – Sua qualidade de vida merece toda a atenção!”. O evento foi realizado no Auditório do CCHC e desenvolvido por meio de explanações de cinco profissionais: a médica ginecologista Ana Beatriz Cosel Zampieri, a psicóloga clínica Carla Kautz, a médica ginecologista e obstetra Clarissa Taglietti, a nutricionista Fernanda Cunha e a Delegada de Polícia Raquel Kolberg.

A abertura do Fórum foi realizada pelo Administrador Éder Spitcza, que fez uma retrospectiva histórica sobre os acontecimentos que levaram à instituição do Dia Internacional da Mulher, em 8 de março, e as principais conquistas de lá até os dias atuais. Éder destacou que mais de 90% do quadro de funcionários do HC é formado por mulheres e que é muito bom trabalhar com todas elas.

A primeira painelista a se manifestar foi a médica ginecologista Ana Beatriz Cosel Zampieri, que focou na saúde emocional da mulher, especialmente abordando a questão do assédio moral e sexual. Segundo ela, o assédio é uma situação covarde que acontece em todos os lugares e praticamente com todos. De acordo com ela, as mulheres têm de reagir.

A Delegada de Polícia Raquel Kolberg trouxe para a plateia o que a lei diz sobre o assédio moral e o assédio sexual, destacando que o crime existe quando há superioridade, ascendência hierárquica. Foi possível perceber, a partir da fala da delegada, que dignidade sexual significa a mulher poder escolher o que faz com o seu corpo. Raquel apresentou casos verídicos de como já é frequente a judicialização do assédio nas empresas.

A psicóloga clínica Carla Kautz também explanou sobre a questão da saúde mental. Conforme pesquisa científica apresentada, metade da propensão do ser humano para ser feliz é genética, os outros 50% dependem de cada um. Segundo Carla, o fator em comum de indivíduos felizes é a qualidade de suas relações, sejam amorosas, familiares ou de amizades. Aconselhou as mulheres a terem cuidado com as redes sociais e compararem-se consigo mesmas e não com outras. Ela também recomendou que cada uma se conheça, não resista às mudanças e esqueça as repetições de padrões.

Já a médica ginecologista e obstetra Clarissa Taglietti abordou os cuidados de saúde que a mulher precisa ter nas várias etapas de sua vida e fez um alerta: o sedentarismo é o mal do século. Por isso, aconselhou a todas a prática de exercícios físicos para uma vida saudável.

Em sua fala, a nutricionista Fernanda Cunha explicou a diferença entre alimentação e nutrição e afirmou que precisamos nutrir as nossas células com alimentos nutritivos para o corpo funcionar com perfeição. Explanou sobre antioxidantes, nutrição antiaging, que combate o envelhecimento e o aparecimento de doenças, alimentos necessários para o nosso intestino, que produz serotonina, e a importância do cálcio, quando se entra na menopausa. Aconselhou a evitar alimentos industrializados, redução do sal, ingestão de muita água e controle do peso. Ainda recomendou a ingestão de três porções de frutas e de vegetais todos os dias.

Após as falas, as palestrantes ainda debateram com o público e tiraram dúvidas da plateia. O evento foi uma realização da Comissão de Eventos do Hospital de Caridade.