Ibovespa bate novo recorde, com alta de mais de 1%; Vale recua

Principais índices nos EUA subiram após feriado e tarifas contra UE adiadas

Acelerou! O Ibovespa acelerou nesta terça-feira, com alta de 1,02%, aos 139.541,23 pontos, um ganho expressivo de 1.405,09 pontos. Mais do que isso, conseguiu durante a sessão renovar mais uma vez a máxima histórica, ao bater nos 140.381,93 pontos.

O real também teve um dia proveitoso e viu o dólar comercial cair 0,53%, a R$ 5,645. Os DIs (juros futuros), como ontem, desceram por toda a curva.

IPCA-15 mais suave

A liquidez hoje foi maior, com a volta dos negócios em Wall Street após o feriado de ontem, mas o que balançou os corações dos investidores no Brasil foi mesmo o IPCA-15 de maio.

A prévia da inflação no quinto mês do ano fez o contrário do Ibovespa e desacelerou, ficando abaixo do esperado. O item de maior alívio foi as passagens aéreas. Na opinião de Leonardo Costa, economista do ASA, o balanço qualitativo do IPCA-15 de maio pode ser considerado o melhor do ano, com desaceleração tanto do núcleo de serviços como o de bens.

Rafaela Vitoria, economista-chefe do Inter, destacou a leitura qualitativa mais benigna, mostrando sinais de desaceleração tanto nas medidas de núcleo como de serviços. “No acumulado de 12 meses, ainda vemos alta na média dos núcleos para 5,1% e serviços subjacentes, para 6,5%, que seguem acima do teto da meta”, alertou, dizendo que ainda é cedo para se pensar em cortes da Selic. “Mas sem novos estímulos fiscais do governo — o que não é óbvio, com tantas medidas sendo anunciadas — e com maior contingenciamento de gastos, o processo de desinflação pode se consolidar e podemos começar a discutir a redução da Selic no final do ano”, disse.

Bolsas em Nova York e na Europa

Lá em Nova York, só alegria também. Os investidores voltaram ao batente depois do feriado do Memorial Day ontem e foram às compras. As altas dos principais índices foram robustas. E as compras vieram após o adiamento da implementação das tarifas à União Europeia por parte do governo Trump, algo que ajudou a impulsionar os negócios do lado de cá do Equador também.

A negociações com a UE progridem e Trump chamou de “evento positivo” a reunião mais recente. As bolsas europeias igualmente aceleraram.

Ajudou o fato do indicador Confiança do Consumidor, medido pela Conference Board (CB), ter acelerado em maio. “A recuperação já era visível antes do acordo comercial EUA-China de 12 de maio, mas ganhou impulso depois”, disse Stephanie Guichard, economista sênior de indicadores globais do CB.

Por: Felipe Alves,

Fernando Lopes – InfoMoney 25