As operações no Aeroporto Internacional Salgado Filho, na cidade brasileira de Porto Alegre, um dos mais movimentados do país, serão retomadas em outubro, após enchentes sem precedentes na região terem interrompido voos em maio.
O aeroporto, operado pela Fraport FRAG.DE , teve suas pistas e corredores submersos em água enquanto fortes chuvas atingiam o Rio Grande do Sul, estado mais ao sul do Brasil, cuja capital é Porto Alegre, matando mais de 180 pessoas.
Os voos de e para Salgado Filho foram temporariamente suspensos devido aos danos à pista e aos terminais. O governo permitiu que as transportadoras operassem na Base Aérea de Canoas, mas com tarifas reduzidas, pois a base não tinha infraestrutura adequada.
O governo disse na quinta-feira (8) à noite que as operações de Salgado Filho serão retomadas a partir de 21 de outubro, inicialmente com 128 voos diários. As companhias aéreas foram liberadas para vender passagens para voos de e para Porto Alegre a partir de sexta-feira (9).
O governo acrescentou que o aeroporto deverá operar com capacidade máxima a partir de 16 de dezembro.
A Azul AZUL.N, uma das maiores companhias aéreas do Brasil, disse em comunicado na sexta-feira que seria a empresa com mais slots disponíveis quando as operações fossem retomadas, planejando operar até 60 voos por dia.
Já começou a vender passagens aéreas para voos que ligam Porto Alegre a destinos como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
“Ofereceremos mais de 57 mil assentos por semana, o que representa 78% da operação que a empresa tinha lá antes das enchentes”, disse o chefe de planejamento da Azul, André Mercadante, acrescentando que os voos para a Base Aérea de Canoas serão suspensos.
As operadoras locais ainda não divulgaram o impacto financeiro das enchentes no estado. A Azul, que publicará seus resultados do segundo trimestre na semana que vem, disse em maio que o estado representava cerca de 10% de sua rede.
A rival LATAM Airlines LTM.SN, cuja unidade brasileira é a maior companhia aérea do país em participação de mercado, disse no início desta semana que as enchentes causaram um prejuízo de US$ 25 milhões em sua receita operacional no segundo trimestre.
Fonte: CNN Brasil