Hospital Santa Terezinha atende 280 pacientes por dia com tempo de espera de até 9h

Em recente entrevista à Rádio Cultura e Jornal Boa Vista, o diretor da Fundação Hospitalar Santa Terezinha de Erechim, Rafael Ayub, expressou preocupação com a crescente demanda observada nas últimas semanas. Ayub relatou que, embora o aumento na procura do pronto-socorro seja uma tendência há algum tempo, nas últimas três semanas, houve um aumento exponencial, atribuído a diversos motivos, incluindo a chegada do inverno e o surgimento de doenças sazonais, como síndromes respiratórias. O hospital tem enfrentado um grande volume de pacientes, atendendo entre 230 e 280 pessoas por dia no pronto-socorro, em comparação com uma média anterior de 170 a 180.

Ayub ressaltou que todos os pacientes passam por triagem e que medidas estão sendo tomadas para melhorar o sistema de atendimento, incluindo a implementação de um sistema informatizado de triagem e a revisão dos fluxos de atendimento. No entanto, o tempo de espera para ser atendido pode chegar a até nove horas no Santa Terezinha, o que representa um desafio significativo para os pacientes que buscam cuidados médicos urgentes.

Essa preocupação também é compartilhada pelo presidente da Unimed, Dr. Luiz Felipe Barreneche Leães, que relatou um aumento significativo na procura pelo ambulatório do Hospital da Unimed nos últimos 12 meses. O fenômeno, segundo Leães, é observado em todo o estado do Rio Grande do Sul e levou à reestruturação do ambulatório, com a adição de mais médicos por horário de atendimento.

Elcio Marcos Zanardo, diretor Administrativo na Unimed, destacou que, apesar do aumento na procura, os consultórios continuam operando normalmente. Ele atribuiu o aumento da demanda à ocorrência de viroses, incluindo COVID-19, influenza e dengue.D

Dr. Gilberto Luis Federle enfatizou que o fenômeno está relacionado à pandemia e ao pós-pandemia, com as pessoas buscando atendimento médico devido ao medo e à incerteza. Ele destacou a importância de compreender que muitas doenças virais são autolimitadas e que o tratamento sintomático é muitas vezes suficiente.

 

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